EXPOSIÇÃO NO ELA ATÉ 23 DE OUTUBRO

Kapela Paulo ‘regressa’ a Poto-Poto

10 Sep. 2018 Marcas & Estilos

Aos 71 anos, Kapela Paulo inaugurou mais uma exposição intitulada ‘O Regresso a Poto-Poto’. A mostra resulta de uma visita de estudo que o artista fez em Brazzaville. A decorrer no Espaço Luanda Arte (ELA), comporta 28 peças de diferentes técnicas, avaliadas entre os 50 e 150 mil kwanzas.

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São 28 quadros em técnicas de serigrafia artesanal sobre papel fabriano, pintura e caneta sobre cartão e cartolina que compõem a exposição do artista plástico angolano Kapela Paulo, inaugurada a 31 de Agosto.

O conjunto de peças é o resultado de uma residência artística realizada na galeria que acolhe a mostra, bem como fruto de uma visita de estudo que Kapela efectuou a Brazzaville, na República do Congo. Kapela regressou à escola onde se formou nos anos 1960 (Poto-Poto). Para o artista, a viagem tornou-se um retorno às origens, o que o levou a homenagear o ‘seu’ Poto-Poto, onde aprendeu técnicas de pintura.

Nesta exposição, o artista recria e revisita a tradição e história nos seus quadros, combinando narrativas reais e surreais, utopias e pesadelos de vivências e das memórias. Patente até 23 de Outubro, no ELA, a exposição pode ser visitada por marcação através do número 921 583 317.

Recentemente, Kapela Paulo foi homenageado por se dedicar às artes há mais de 20 anos, com uma exposição colectiva, denominada ‘Pai Grande Nosso, Tu és’. A exposição juntou 15 quadros, de autoria de 13 artistas plásticos nacionais. Participou de 7 a 9 deste mês na Feira de Arte ‘FNB Joburg Art Fair’, na África do Sul, com mais três artistas angolanos; António Ole, Francisco Van e Jone Ferreira.

‘Mestre’ Kapela

Nasceu no Uíge (Maquela do Zombo) em 1947. Vive e trabalha em Luanda. Autodidacta, começou a pintar em 1960 na escola Poto-Poto, em Brazzaville, República do Congo. Expõe internacionalmente desde 1995, tendo participado em exposições no Reino Unido, França, Japão, Portugal entre outros países.

Em 2003, venceu o prémio CICIBA (Centro Internacional de Civilizações Bantu), em Brazzaville. Em 2007, participou na mostra ‘Check List Luanda Pop’ na 52.ª Bienal de Veneza, Itália. E, em 2009, integrou a 2.ª Trienal de Luanda e fez parte da exposição colectiva ‘Luanda Smoth and Rave’, França. Em 2013, a sua obra esteve exposta na exposição colectiva ‘No Fly Zone’, no Museu Colecção Berardo, Portugal.