Kikovo e Fortaleza chegam a acordo e obras arrancam
Arrancaram, na semana passada, as obras de reabilitação no parque industrial da Kikovo, do Grupo Peróla do Kikuxe, em Luanda, depois do incêndio que ocorreu em Junho e consumiu cinco naves.
“Ontem, o seguro desbloqueou a primeira tranche para as demolições”, confirmou ao Valor Económico a administradora da Kikovo, Elizabete Dias dos Santos, sem avançar mais pormenores sobre o valor das indemnizações e/ou o cronograma das obras.
Antes, no entanto, a empresária partilhou uma mensagem, manifestando satisfação pela conclusão das negociações com a seguradora, cujo conteúdo deixa a entender que se registaram alguns impasses no processo.
“Família, graças a Deus, acabo de assinar com o seguro a reconstrução do edifício. Deus sabe de todas as coisas. Só precisamos de seguir e continuar a fazer o bem”, escreveu a empresária.
No entanto, Paulo Bracons, CEO da Fortaleza Seguros, garante que os trabalhos correram dentro dos trâmites e do período normal, salientando que se trata de “um sinistro mais complexo que requer algum tempo”. Por altura do incêndio, Elizabete Dias dos Santos estimou o prejuízo em cerca de 5 milhões de dólares. A seguradora, entretanto, sempre preferiu aguardar pela peritagem para confirmar o prejuízo e a respectiva indemnização.
“Apenas a peritagem é capaz de determinar e calcular os danos causados pelo incêndio. Isso leva algum tempo, mas prometemos ser céleres na resolução do sinistro”, explicou, na altura, Paulo Bracons, que agora se escusa a revelar o valor apurado. “Faz parte da relação entre a seguradora e o cliente e, por isso, não pode ser partilhado”, argumenta.
A Kikovo assegura actualmente 40% da produção nacional de ovo no país, com um milhão de ovos/dia e está integrada no Pólo da Fazenda Pérola do Kikuxi.
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