ESTUDO. Melhoria na oferta de produtos e serviços bancários consta do grupo de desafios apontados pela consultora KPMG à banca angolana, no seu mais recente estudo sobre sector em 2015. Análise recomenda também melhoria na gestão de liquidez em divisas.

A consultora multinacional KPMG concluiu, na sua análise à banca angolana 2015, que os esforços desenvolvidos pelos bancos em conhecer os seus clientes “não têm paralelo” com a oferta de produtos e serviços bancários disponibilizados, alertando para necessidade de equilíbrio destas funções.

A recomendação da consultora consta do estudo ‘Análise ao Sector Bancário Angolano’, que identifica 12 desafios ao sector, com referência ao exercício financeiro 2015, publicado no final da semana passada, e que inclui dados sobre os 27 bancos comerciais autorizados no período.

“As instituições financeiras têm vindo a aprofundar o conhecimento dos clientes, armazenando e analisando dados e informação sobre as suas necessidades, preferenciais e comportamentais (…). Contudo, a velocidade que os bancos têm imprimido no conhecimento de clientes não tem paralelo numa dimensão igualmente crítica, à de produtos e serviços”, conclui a KPMG, na sua análise ao sistema bancário.

Além da melhoria na oferta e serviços, o estudo identificou ainda a necessidade de reforço do processo de gestão de colaterais e impacto na determinação de imparidades, melhoria do processo de preparação de informação financeira e de gestão de risco de liquidez ao nível das divisas.

Do lado da gestão da liquidez em moeda estrangeira, a consultora entende que “as restrições ao nível de divisas têm impactado os agentes económicos, sendo que o sector bancário se encontra particularmente exposto, uma vez que desempenha um papel fundamental na gestão da procura e oferta”.

O estudo sobre o sector bancário nacional da KPMG surge duas semanas depois de a congênere Deloitte ter divulgado igualmente um dossiê ‘banca’, com indicadores de desempenho e solidez do sistema não díspares aos elaborados neste estudo.