Liquidação da Frescangol na fase final
Oito instituições devedoras e credoras da extinta empresa pública Frescangol, que tinha como principal actividade a aquisição, tratamento, distribuição grossista de carne, frangos e ovos, frutas legumes foram convocadas para negociarem com o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (Igape). As empresas convocadas têm um mês para contactarem o Igape, que é a entidade liquidatária.
Segundo o presidente do conselho de cdministração do Instituto, Válter Barros, ao VALOR, esta negociação é o último passo para fechar o ‘dossier’ Frescangol, visto que a empresa já foi vendida e os trabalhadores já foram pagos e inscritos na segurança social. “Alguns funcionários já desencadearam a reforma para passarem a receber. Vamos fechar o processo para avançarmos para muitos outros que temos que fechar”, referiu.
As empresas convocadas para resolver os seus pendentes “caso a caso” são a Movicel, o Mercado dos Frescos/Shoprite, Bento Kamgamba (Processo Comerang), Organizações HRS, Rodandol, Shoprite, Pioneira Alimentar e Talho Eniamoxi.
O processo de liquidação da Frescangol já esteve envolto em muita polémica. Os funcionários acusaram o Governo, na altura da liquidação em meados de 2016, de o fazer sem um comunicado prévio aos funcionários. Ao VALOR, neste mesmo ano, a presidente do sindicato dos trabalhadores, Domingas Delgado, referiu que apenas tomaram conhecimento da liquidação da empresa por meio de notícias na imprensa. De greve em greve antes e depois da liquidação, que perdurou até ao ano passado, a entidade liquidatária garante que os salários já foram pagos.
A Frescangol foi extinta em decreto conjunto entre o Ministério da Economia e da Agricultura. As instalações da empresa foram adquiridas pela nova sociedade comercial a ser constituída entre as empresas Inalca, SPA, com 51%, e Pecuang, SA com 49%.
JLo do lado errado da história