INDÚSTRIA DIAMANTÍFERA. Lucro líquido da empresa, em 2015, registou uma redução de 8% face aos resultados alcançados no ano anterior em que a mesma rubrica foi calculada em 126,4 milhões de dólares.

A crise orçamental e monetária que Angola atravessa impactou negativamente nos resultados, referentes a 2015, da Sociedade Mineira de Catoca, tendo a empresa registado um decréscimo no volume das vendas na ordem de 21 milhões de dólares, como consequência da deterioração acentuada do preço médio por quilate que passou de 92,66 dólares, em 2014, para 86,65 dólares em 2015, uma quebra de 10,6%.

Os dados vêem expressos no relatório anual de 2015 da empresa, a que o VALOR teve acesso, que ressalta ainda que a companhia nacional, especializada na prospecção, exploração e comercialização de diamantes e outros mineiros, registou ainda uma queda de 34,3 milhões de dólares a nível dos custos operacionais.

Como consequência, os resultados da Catoca sofreram também abalos no capítulo do lucro líquido que se fixou em 116,2 milhões de dólares, em 2015, contra os 126 milhões de dólares do ano anterior, representando uma redução de 8%. Entretanto, o lucro operacional da empresa cifrou-se em 187,6 milhões, cerca de cinco mil dólares a mais sobre os resultados de 2014, avaliados em 182,5 milhões de dólares. O relatório da empresa destaca ainda outros resultados, nomeadamente os relativos ao processo de extracção que se fixou, em 2015, na ordem de 14,7 milhões de metros cúbicos de massa mineira, 13% abaixo dos resultados de 2014, calculados em 16,8 milhões de maestros cúbicos.

Já o minério tratado atingiu a cifra de 9,8 milhões de toneladas, tendo ainda representado uma redução de 4% face aos registos de 2014, onde estes mesmos números se fixaram em 10,1 milhões de toneladas.

A estrutura de capitais da empresa, em 2015, ficou repartida em 63% de capitais de terceiros e 37% de capitais próprios, tendo o passivo assumido um valor de 297 milhões de dólares e o capital próprio de 58,8 milhões de dólares (excluindo o resultado do exercício de 116,3 milhões de dólares).

Numa mensagem dirigida aos accionistas, o presidente de conselho de administração da Catoca, Serguei Amelin, destaca que, para o ano de 2016, a empresa se propõe a melhorar a eficiência operacional da mina (Catoca), optimizar as operações nas centrais de tratamento, controlar rigorosamente os lucros, bem como aumentar as reservas, em diamantes, através da prospecção de novas oportunidades no mercado nacional.

A estrutura accionista da Sociedade Mineira de Catoca é constituída pela Endiama, com 32,8% de participação, Alrosa S.A (32,8%), Odebrecht (16,4%) e LLI Holding BV (18%).