Macrogestão de Bezus com altos e baixos
INOVAÇÃO. Como não há gestão de crise com perfeição a 100%, a Amazon, que parece estar a surfar a onda Covid com sucesso, não é excepção a esta regra e regista bons e maus momentos apesar do boom mundial das compras online usando a sua plataforma.
Jeff Bezos não tem tido descanso apesar de a Amazon ser das empresas que mais têm lucrado com o ambiente de terror instalado pelo Covid 19. O marketing da empresa não perdeu tempo a aproveitar para completar o lema “fique em casa” com “que levamos-lhe tudo” e lembrar que leva milhões de produtos a milhões de consumidores e que os liga a fornecedores agora desesperados por clientes. Nos EUA em que a plataforma fornece hortaliças e frescos, a demanda aumentou até março em mais de 300% e os problemas começaram a surgir com a estrutura a ver diminuído o seu corpo de staff, numa altura em que precisava de o aumentar substancialmente.
Bezos enfrentou críticas por não providenciar segurança à altura da ameaça do Covid19 nos seus 75 armazéns em que trabalham mais de 120 mil funcionários e em que se registaram já 17 infectados por pelo vírus. Alguns trabalhadores organizaram protestos e o líder do bloqueio que mais chamou a atenção da média foi despedido atraindo ainda mais criticismo por parte da opinião pública e pressão por parte da união de trabalhadores da multinacional.
Bezos que no início da crise recebeu aplausos por comunicar rapidamente com os funcionários da sua empresa apelando ao espírito de equipa, agradecendo-lhes os préstimos e mostrando-se 100% focado, desceu depois pontos perante a opinião pública por, em meio de crise mundial de saúde, fazer apelos para donativos do público para um fundo criado para dar suporte ao staff da Amazon. “Quando uma empresa que vale triliões de dólares tem de pedir ao público que ajude os seus funcionários, algo está definitivamente mal” foram a maioria dos comentários à proposta.
Esta semana a empresa e o seu CEO voltam a estar no topo das manchetes por questões de segurança de saúde, por no dia seguinte a uma visita de Bezos a um dos armazéns da empresa, se registar um infectado por Covid 19 nesse mesmo armazém.
Jeff Bezos reuniu com Tedros Adhanom, director geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) para disponibilizar os serviços da Amazon para o combate colectivo à pandemia e uma das hipóteses sobre a mesa foi o envio de kits de testes do Covid19 usando as redes de distribuição da empresa, entre outros serviços como o aumento da capacidade do website da OMS.
Aparentemente sem dar demasiada atenção às avaliações mediáticas dos altos e baixos da sua gestão de crise, a resposta do CEO da multinacional aos desafios do Covid19 é, no entanto, adaptar-se à demanda elevada e apostar nas contratações, reforçar o staff e continuar a dar resposta aos pedidos de clientes online que não param de crescer.
O maior desafio de Jeff Bezos é actualmente gerir o staff dos seus armazéns garantindo o funcionamento e dirimindo os receios de contágio já que as estruturas não permitem as distâncias de segurança ou limitar o número de pessoas que manuseiam os produtos. Gerir o medo dos funcionários e os seus efeitos, mantendo e aumentando os níveis de produção é a prova de fogo do também bilionário mais rico do mundo.
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