Massacre abala política
O mar Mateen nasceu e sempre viveu nos EUA, comprou armas nos EUA, fabricadas pelos próprios EUA e, com elas, matou 50 pessoas, ferindo outras 53, numa discoteca, em Orlando, nos EUA.
O local era frequentado maioritariamente por homossexuais. Foi o maior massacre da história do país depois dos ataques a Nova Iorque que dizimaram mais de três mil pessoas. As autoridades policiais deram conta que Omar Mateen ligou para o telefone de uma esquadra de polícia para declarar lealdade ao grupo extremista auto-denominado Estado Islâmico.
Além de histórico, este foi o ataque número 373, com armas de fogo, em apenas um ano em solo norte-americano. O que dá uma média superior a um por dia. O uso de armas tem motivado preocupações acrescidas ao presidente Barack Obama que já defendeu uma limitação na venda, mas foi barrado pelo Congresso.
O massacre entrou também na querela política. No rescaldo, o candidato republicano às eleições presidenciais, Donald Trump, deu a entender que Obama terá estado envolvido nesse ataque. “Somos liderados por um homem que ou não é forte o suficiente, ou não é esperto o suficiente ou então tem outra coisa totalmente diferente em mente”, acusou, em entrevista à Fox News. “As pessoas não conseguem acreditar que o presidente Obama aja da maneira que age e que não consegue sequer mencionar as palavras ‘terrorismo radical islâmico’. Alguma coisa se passa, isto é inconcebível”, reafirmou. Pela primeira vez, o presidente dos EUA respondeu directamente à acusação, fazendo duras críticas a Trump, chamando-o “populista pela retórica que visa o ódio” e questionando o objetivo de usar a expressão “terrorismo radical islâmico”, sobretudo em referência a “um ataque de um lobo solitário que parece ter agido, mais que tudo, por causa da homofobia”.
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