Milho de fora da lista de produtos nacionais a serem adquiridos pela REA
PRODUÇAO. Decisão até foi bem recebida por alguns produtores, mas afirmam que “peca por ser tardia” e é criticada por outros que entendem que o decreto executivo, com a assinatura dos ministérios da Agricultura e Florestas e do Comércio e da Indústria, é uma “mão cheia de nada”.
O Governo escolheu a soja, o arroz com casca, o feijão e o trigo não processado como produtos nacionais destinados à aquisição pela Reserva Estratégica Alimentar (REA), mas deixou de fora o milho, que é das bases da alimentação da população angolana. O decreto foi aprovado na semana passada e esta selecção inicialmente estava prevista fazer parte das escolhas dos produtos a serem adquiridos pela REA.
Para o presidente da Associação Agropecuária de Angola (AAPA), Wanderley Ribeiro, o milho devia fazer parte da lista por ser destinado tanto ao consumo humano como à produção de ração, pelo que espera entender as razões do Governo. “Gostaríamos de perceber, de forma mais clara, o que efectivamente significa a ausência do milho num instrumento como esse, porque há uma necessidade muito grande da produção de ração e o milho representa entre 60 e 80% da produção de ração”, confere.
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