Ministra da Saúde demite-se por irregularidades no mestrado
Carmen Montón, ministra da Saúde de Espanha, demitiu-se na terça-feira por supostas irregularidades no seu mestrado, realizado em 2011 no Instituto de Direito Público da Universidade Rei Juan Carlos (URJC).
Esta demissão surge pouco mais de três meses depois de ter assumido o cargo e numa altura em que Montón tinha recebido o apoio público do presidente do governo Pedro Sánchez, que ignorou as pressões internas do seu partido, o PSOE. "A ministra está a fazer um trabalho extraordinário e vai continuar a fazê-lo", disse o chefe de governo pouco antes de ser conhecida a demissão.
Esta segunda-feira, o jornal online eldiário.es anunciou que a ministra da Saúde tinha obtido o título académico através de várias irregularidades, entre as quais a de não ter assistido às aulas, nem contactado com os professores; de ter pago a matrícula três meses fora do prazo, ter começado o curso quatro meses mais tarde e de a data do seu título não coincidir com o restante expediente; entre outras alegadas irregularidades.
Carmen Montón convocou, depois dessa notícia, uma conferência de imprensa na qual garantiu não ter cometido qualquer irregularidade, garantindo ainda que não se demitia, algo que reafirmou já esta terça-feira de manhã numa entrevista à rádio cadena SER.
No entanto, algumas horas depois a URJC confirmou através de um comunicado que as notas da ministra foram manipuladas após o final do mestrado, confirmando assim a história revelada pelo eldiario.es.
Aliás, a estação de televisão La Sexta revelou ainda que o trabalho final de Montón tinha textos idênticos aos de outros autores, que não eram devidamente citados.
A sucessão de acontecimentos fizeram com que Carmen Montón não tivesse resistido a toda esta polémica, acabando por renunciar ao cargo já ao início da noite desta terça-feira.
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