MIREMPT considera estável produção de diamantes
A produção de diamantes em Angola saiu de 8.5 milhões de quilates, em 2013, para 9,1 milhões em 2019, níveis considerados estáveis, pelo Ministério dos Petróleos e Recursos Minerais (Mirempt).
Os números foram apresentados aos potenciais investidores nacionais e estrangeiros, na terça-feira, por videoconferência, pelo assessor do ministro, Makenda Ambrose.
Estes indicam que a produção de diamantes tem se mantido estável nos últimos 5 anos, apesar de estar concentrada em um kimberlito principal do projecto Catoca.
No encontro sobre ‘Oportunidades de Investimentos no Sector Mineiro de Angola’, promovido pela empresa dos EUA Mayer Brown, os indicadores produtivos apontam para uma produção de 8.8 milhões de quilates, em 2014, 9.1 milhões, em 2015, 9.2 milhões, em 2016, tendo se registado o maior pico, em 2017, com uma produção na ordem dos 9.4 milhões de quilates de diamantes.
De acordo com os dados projectados por Makenda Ambrose, os números começam a reduzir, em 2018, passando para 9.3 milhões milhões de quilates e 9.1 milhões em 2019.
Para este ano, devido à pandemia da covid-19, estes números poderão chegar aos cerca de 8,3 milhões de quilates, visto que este subsector registou quebras na ordem de 20%.
De Janeiro a Agosto deste ano, os níveis apontavam para 5,3 milhões de quilates de diamantes.
Até 2022, de acordo com o Plano de Desenvolvimento Nacional, prevê-se chegar a uma produção de 13.8 milhões de quilates de diamantes, com a introdução de novos projectos.
Segundo Makenda Ambrose, o sector de mineração angolano ainda tem desafios a serem enfrentados.
O subsector das rochas ornamentais teve uma produção com níveis oscilatórios de 2013 a 2019, mas ainda abaixo do potencial, segundo o especialista angolano.
A produção de pedras ornamentais teve um aumento médio de 21,3% no período 2013-2019 por ano.
Só de 2013 a 2014, a produção passou de 28 toneladas para 49 toneladas, tendo registos de redução em 2015, com 42 toneladas.
Os números voltaram a subir em 2016, com 52 toneladas, caindo para 47 em 2017, tendo reactivado em 2018, com 73 toneladas e 89, em 2019.
Sobre outros recursos mineiros, referiu que apesar dos esforços governamentais, ainda há dificuldades para se dar iniciar a projectos ligados a extracção de ouro, ferro e fosfato, contrariando assim as notícias já avanças para a existência de projectos em curso.
Uma das minas identificadas está localizada na região do Tchipindo, na província da Huíla, que tendo sido alvo de exploração ilegal de forma artesanal.
A produção prevista anual de ouro, até 2022, espera-se que chegue os 25.6 mil onças, 1.35 mil toneladas de fosfato e 1.79 milhões de toneladas de ferro.
O lançamento dos concursos públicos internacionais estão a atrair investidores estrangeiros para o sector, como para a exploração de fosfatos para a localidade de Cacata (Cabinda) e no Lucunga (Zaire), mineiro de ferro em Kassala-Kitungo (Bengo) e de diamantes em Tchitengo e Camufuca-Camazambo (Lunda Norte).
Empresas nacionais e estrangeiras, como a Bloom Diamond, Minbos Resources, Cimenfort Industrial, Boa Vida C.S.E, MGIP Exploração, Consortium Semipalatinsk, Fertinova Fertilizes, manifestam interesse no fosfato.
Para os dinamites estão alistadas as empresas Acrep Angolan, Bloom Diamond, Metgroup Companies, Ishangol LLC e Consortim BPA Semipalatinsk, enquanto a Comaganbes Lda, em ferro.
Aos investidores foram apresentadas novas regiões de kimberlito disponíveis a de Chilemba Colui (Benguela/Huíla), Cuando-Cuchi , Lungue Bengo-Luía (Moxico), Lomba Quando (Moxico), Kuito (Cuuando Cubango) e Cunene.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...