Modelo pré-pago vai ser alargado ao fornecimento de água
O Governo prevê alargar o modelo de pré-pagamento no fornecimento de água da rede em Luanda com o apoio de uma empresa turca. O modelo já é utilizado pela empresa pública de distribuição de eletricidade ENDE.
Um despacho presidencial de 08 de Agosto, citado pela Lusa, autoriza a Empresa Provincial de Águas de Luanda (EPAL) a celebrar um memorando de entendimento com a empresa turca denominada Elektromed Elektronik Sanayi ve Saglik Hizmetleri, para a instalação, em Angola, de uma unidade industrial de equipamentos de pré-pagamento de água.
O acordo com a empresa da Turquia prevê ainda a "implementação de um sistema integrado de gestão de contagem" para a EPAL. Aquela empresa pública de Luanda, refere o despacho assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, já efetuou um estudo para implementar contadores de pré-pagamento do consumo de água na província, para antecipar receitas e eliminar "serviços intermédios", como facturação e leitura de contadores ou envio de facturas, entre outros.
O documento refere que este modelo de pré-pagamento - que já é praticado há vários anos em Luanda na rede elétrica e que está a ser alargado a outras cidades do país - é uma "resposta eficaz para incrementar as receitas do sector e reduzir as perdas comerciais" na distribuição de água da rede pública.
Com este despacho, a EPAL é ainda autorizada a negociar com a banca local os "financiamentos necessários" para a implementação deste projecto, devendo para o efeito o Ministério das Finanças de Angola emitir as "garantias soberanas".
Através daquela empresa estatal, o Governo tem em curso projectos para aumentar o fornecimento de água à capital, aplicando entre 2014 e 2017 perto de seis mil milhões de dólares em obras públicas.
Segundo informações disponibilizadas pela EPAL, esses investimentos vão permitir triplicar o volume de água fornecida a Luanda para 1,2 milhões de metros cúbicos e quintuplicar o número de consumidores ligados à rede pública, que se estima em 200.000 até 2017.
JLo do lado errado da história