O FALSO DEBATE
Por razões estruturais e circunstanciais, o espaço mediático angolano é devastado também pelo falso debate. Não raras vezes alimentado até por elites intelectuais descomprometidas com o regime. Um exemplo prático disso é a tentativa de compreensão das razões da irreformabilidade do MPLA e de todo o poder que lhe está associado. As hipóteses que se pretendem analisadas e provadas são se o problema é essencialmente do agente, leia-se da liderança, ou da estrutura, entenda-se, do partido. Este é, necessária e inquestionavelmente, um falso debate e o fundamento desta afirmação está precisamente na natureza histórica do regime político em questão.
O conhecimento e a experiência humanos consolidados atestam que os poderes repressivos, independentemente da sua tipologia, são irreformáveis na sua essência. Porquê? Porque, mais do que projectos de governação, são sobretudo projectos de poder. São grupos idealizados na génese para o controlo e a manutenção do poder de forma indeterminada, por via de processos endógenos de sucessões. Daí que as instituições do Estado são todas formatadas de modo a manterem-se reféns desse propósito específico.
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