TEM APENAS 27 ANOS DE IDADE

O maior e mais jovem multimilionário da actualidade

08 Jan. 2018 António Nogueira Gestão

CARREIRA. Até ao início de 2017, o criador do Snapchat, Evan Spiegel, era o mais jovem multimilionário do planeta, mas este quadro alterou-se com a chegada de John Collison, o novo dono do título, segundo a Forbes.

john collison

John Collison, de 27 anos de idade, e Pattrick Collison (29) são tidos, pela imprensa especializada, incluindo a reputada revista Forbes, como a dupla mais promissora do empreendedorismo actual. Juntos, fundaram a Stripe em 2010, uma empresa que fez deles os jovens mais ricos do mundo, cada um com uma fortuna que supera, actualmente, os mil milhões de dólares, segundo a Forbes.

Com o sucesso da empresa, os irmãos Collison destronaram o CEO do Snapchat como o jovem mais rico do globo.

Estima-se que a fortuna de John seja relativamente superior à do irmão, o que o torna oficialmente o maior e mais jovem multimilionário do mundo. Isto porque, na maior parte das vezes, é John quem representa oficialmente a empresa fora, quando não é possível aos dois irmãos estarem presentes em determinado evento.

De acordo com dados divulgados pela Forbes, os dois irmãos cresceram numa pequena vila rural no oeste da Irlanda, Tipperary. Ambos estudaram em universidades americanas. Patrick começou o curso de Matemática no MIT em 2007 e dois anos mais tarde John foi aceite na Universidade de Harvard.

Todavia, ambos já eram milionários graças ao primeiro negócio da dupla, uma empresa de ‘software’ que ajudou empresas e consumidores a fazerem negócios mais facilmente no site de vendas eBay. Com um futuro promissor pela frente, os dois irmãos escolheram abandonar os estudos que tinham iniciado para se dedicarem a tempo inteiro à empresa que criaram.

Um factor classificado como curioso sobre a empresa dos dois irmãos, a Stripe, é o facto de esta não produzir ou vender nada directamente ao cliente final. A Stripe consiste na produção de ‘softwares’ que facilitam os sistemas de pagamento online para empresas e sites do mundo inteiro. A Stripe é considerada, pela imprensa de especialidade, a empresa mais segura do mundo para o processamento de pagamentos por cartão de crédito.

No mundo tecnológico e financeiro não faltam concorrentes, é certo. Contudo, a Stripe conseguiu de tal forma simplificar os processos de pagamento online para tantos clientes que, actualmente, já trabalha com gigantes como a Apple.

Ao todo, a empresa já tem mais de 100 mil clientes espalhados pelo mundo e, recentemente, recebeu ondas de investimento, incluindo de gestores como Elon Musk ou o CEO da Paypal, que colocam a avaliação da empresa na ordem dos 9,2 mil milhões de dólares.

Curiosamente, nada deste estrelato mudou a vida de John Collison, que se confessa sinceramente “envergonhado” sempre que lhe fazem perguntas sobre o seu novo estatuto. “É costume perguntarem-me: ‘como mudou a sua vida?’, e esperam que responda que foi com um novo ‘hobby’ excêntrico, como uma colecção de ovos de ouro ou corridas de iate”, explicou o jovem empresário à BBC.

Mesmo decidido a abandonar os estudos para se dedicar à empresa, o jovem conta que encontrou várias dificuldades em fazê-la crescer e chegar aos ouvidos de quem pudesse estar interessado na Stripe.

No entanto, nenhum obstáculo serviu para desanimar os dois irmãos, que continuaram a desenvolver um ‘software’ que permitisse a todas as empresas receberem pagamentos de forma mais fácil, ao mesmo tempo que desenvolviam outras tarefas nos seus sites como, por exemplo, armazenar dados de clientes e oferecer sistemas de segurança.

Actualmente, os irmãos Collison dão emprego a 750 pessoas, incluindo 500 funcionários em São Francisco (EUA) e 150 distribuídos por Dublin, Londres, Paris e Berlim.

“Qualquer empresa com potencial na internet vai gerar interesse, e é isso que os irmãos Collison estão a fazer com os pagamentos online”, diz o jornalista Martin Veitch, editor de tecnologia do site IDG Connect. “É um mercado competitivo. Claro que o valor da Stripe gera inveja, mas ainda é cedo para avaliar (se o negócio fará mais sucesso)”, conclui. *Com agências