O ÚNICO LEGADO POSSÍVEL
O secretariado do Bureau Político do MPLA abriu a porta à agitação que agora anda a todo o vapor. A cúpula mais restrita do partido no poder orientou o seu Comité Central a convocar um Congresso Extraordinário para Dezembro próximo. O problema ou, pelo menos, o factor de inquietação está no pretexto invocado para a realização da reunião extraordinária. Quase ninguém acredita na balela de que a análise dos 50 anos de governação do MPLA, que coincidem com os 50 anos de Independência do país, é justificação bastante para preencher os critérios impostos pelos estatutos do MPLA.
Determinam as regras do definhado maioritário que os Congressos Extraordinários são convocados perante situações urgentes que exigem esclarecimentos inadiáveis. O mais óbvio que se encaixa nestes critérios é a substituição do líder ou a renovação da estrutura de direcção. Em 2019, João Lourenço teve de recorrer a esse expediente quando se incompatibilizou com Álvaro de Boavida Neto. O então secretário-geral fez declarações críticas à perseguição que João Lourenço movia contra José Eduardo dos Santos. João Lourenço não gostou. Arranjou um Congresso Extraordinário às pressas e substituiu-o por Paulo Pombolo.
A situação hoje é completamente diferente. Nada sinaliza que João Lourenço esteja desavindo com o seu secretário-geral ou com a sua vice-presidente ao ponto de promover um congresso para afastá-los. Talvez este cenário se equacione mais para outros membros do Bureau Político ou do Comité Central que, por esta altura, querem o seu presidente o mais distante possível.
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