EMPRESAS NÃO DESCARTAM PARALISAÇÃO

Operadoras recuam no aumento da tarifa, mas solicitam apoio emergencial de 8 mil milhões kz

14 May. 2025 Economia / Política

TRANSPORTES. Circulam em média apenas entre 250 e 300 autocarros por dia dos 879 disponíveis. Empresas perderam até 60% da arrecadação desde a última actualização do preço da passagem.

Operadoras recuam no aumento da tarifa, mas solicitam apoio emergencial de 8 mil milhões kz
Mário Mujetes

Associação dos Transportes Colectivos Urbanos de Passageiros de Angola (Transcol) recuou na proposta apresentada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de aumentar o preço da passagem de autocarro. 

Em contrapartida, a associação solicita ao Governo a injeccção de uma verba “emergencial” de 8 mil milhões de kwanzas para as empresas fazerem frente às adversidades actuais do sector.

A pretensão do aumento da tarifa foi avançada pela direcção da associação em Março na sequência da subida do preço do gasóleo de 200 para 300 kwanzas. Entretanto, no último encontro de concertação com a ANTT, realizado na segunda semana de Maio, houve uma descontinuação da exigência por parte da associação, segundo revelou ao Valor Económico o seu líder.

Carlos Carneiro justifica o recuo com o facto de o recente aumento da tarifa de 50 para 150 kwanzas ter levado à quebra  das receitas das operadoras entre 30 e 60%, visto que os passageiros passaram a “optar pelos táxis azuis e brancos, em vez de pagarem pelos autocarros, uma vez que os preços são quase equiparados”.

A situação, segundo o responsável, fez com que, dos 879 autocarros, a nível de todas as operadoras dentro do serviço público urbano de passageiros, “apenas entre 250 e 300 circulem diariamente”, por falta de condições financeiras que as empresas enfrentam, face ao volume das despesas correntes. Razão pela qual a associação solicitou ao governo a “injecção de capital emergencial”, no final de Março. “Estamos a falar em 8 mil milhões de kwanzas, distribuídos entre todas as empresas, mas ainda não tivemos nenhum feedback”, explicou Carlos Carneiro.

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