Pequenos negócios na Santa Clara à beira da morte
Pequenos comerciantes na zona fronteiriça entre Angola e a Namíbia estão a viver os piores dias desde o início da crise económica nos finais de 2014, com o encerramento da fronteira entre os dois países causada pela pandemia covid-19. A zona, anteriormente muito movimentada por pessoas e bens, encontra-se ‘desértica’ e é hoje dominada por expatriados, com destaque para os mauritanos e eritreus.
O pequeno comércio está sem clientes e alguns comerciantes optaram por fechar portas. Os que persistem contabilizam perdas de facturação de mais de 90%, contando com clientes que residem na circunscrição. O cenário exemplificativo é o das famosas casas de ‘Konicas’, de serviço informático, que apenas dependem dos poucos estudantes que se deslocam para fotocopiar matérias escolares.
Fruto da situação angustiante, muitos vendedores informais de diversos produtos foram obrigados a trocar de fonte de sobrevivência. Para quem vendia água engarrafada, refrigerantes ou mesmo refeições, aproveitando o fluxo de pessoas nos dois lados da fronteira, a opção passou a ser a venda de bolinhos pelas ruas ou em negócios mais voltados para um pequeno grupo de consumidores da comunidade até que a situação minimize ou volte à normalidade.
Muitos informais que não acreditam num possível retorno à normalidade, sem residência fixa em Santa Clara, aproveitam o alívio constante no Decreto de Situação de Calamidade quanto à circulação inter-provincial para regressarem às zonas de origem.
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