Peritos do Processo Kimberley inspeccionam Angola
MINAS. País obteve nota positiva na última inspecção, realizada em 2009. Resultados da presente operação ainda não foram oficialmente divulgados, mas Angola foi autorizada a exportar mais diamantes, no ano passado, pela organização, comparativamente ao ano anterior.
Uma equipa de peritos do Processo Kimberley visitou Angola de 24 a 28 do mês passado, para a revisão do grau de cumprimento e implementação das orientações do último encontro de concertação do grupo de acompanhamento e verificação do Processo Kimberley.
A delegação, composta por 10 peritos, manteve encontros de trabalho com o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, e com os membros do conselho de administração da Endiama, para além de ter efectuado visitas às áreas de exploração mineira.
As conclusões do trabalho não foram, no entanto, avançadas ao VALOR, até ao fecho da edição, altura em que a equipa de peritos do Processo Kimberley se encontrava ainda a ultimar os trabalhos de campo, efectuados em algumas minas de exploração diamantífera do país.
A última visita de constatação do grau de cumprimento das resoluções do Processo Kimberley a Angola foi realizada em 2009, tendo os resultados obtidos até então correspondidos à expectativa da organização, na altura sob a presidência da Namíbia e vice-presidência de Israel.
De acordo com as estatísticas do Processo Kimberley, Angola produziu, em 2017, cerca de 9,438 milhões de quilates de diamantes, o que resultou, em vendas, em 1.104 milhões de dólares. No ano anterior, estes números fixaram-se em 9,021 milhões de quilates, o que correspondeu a 1.079 milhões de dólares, em termos de vendas.
Neste capítulo, Angola ficou apenas atrás de países como a Rússia que rendeu, com a produção, cerca de 4.112 milhões de dólares; Botsuana (3.329 milhões de dólares); África do Sul (3.089 milhões de dólares) e Canadá 2.059 milhões de dólares.
O país exportou, no ano passado, 10,186 milhões de quilates de diamantes, um crescimento de cerca de 19% comparativamente aos resultados do ano anterior em que o volume exportado foi de 8,552 milhões de quilates. Com as exportações do ano passado, Angola conseguiu amealhar cerca de 1.176 milhões de dólares contra os 1.034 milhões de dólares de 2016.
Angola assumiu a presidência do Processo Kimberley em 2015, para um mandato de um ano, conforme estipula o estatuto da organização, tendo o seu consulado sido considerado, na altura, de “brilhante” por ter superado “todas expectativas”.
Durante o seu mandato, Angola superou-se em questões importantes como as que permitiram regularizar as situações da República Centro-Africana (RCA), cuja venda de diamantes se encontrava, até então, sob embargo, e da Venezuela, que a partir dessa altura foi readmitida na organização.
O Processo Kimberley, que este ano está a ser presidido pela União Europeia, visa mitigar as probabilidades de financiamento a conflitos armados fomentados por lucros provenientes da venda ilegal de diamantes, obrigando a que possam ser adquiridos somente por via de um certificado que comprove a sua proveniência. ANGOLA assumiu a presidência do Processo Kimberley em 2015, para um mandato de um ano, conforme estipula o estatuto da organização, tendo o seu consulado sido considerado, na altura, de “brilhante” por ter superado “todas expectativas”.
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