Petróleo sobe mais de 2% com recuo do dólar e receios na oferta
Os preços do petróleo prolongam os ganhos esta segunda-feira ao avançarem mais de 2%, estando a ser impulsionados pelo recuo do dólar e pela redução da oferta.
Em Londres, o barril de Brent está em alta de 2,79%, para 103,97 dólares, depois de ter subido mais de 1% na passada sexta-feira. No mesmo sentido, o crude WTI soma 2,51%, para 100,09 dólares.
No mercado cambial, o dólar perde terreno depois de ter atingido máximos de vários anos – tocou mesmo a paridade com o euro na semana passada –, o que está a dar força não só ao petróleo, mas também a outras matérias-primas, como o ouro.
Geralmente as commodities são cotadas em dólares e um dólar mais fraco torna-as mais baratas para os países com outras moedas.
Na semana passada, o petróleo registou a maior queda semanal em cerca de um mês com os receios que uma recessão afecte a procura, enquanto a China, o segundo maior consumidor mundial de petróleo, continua com campanhas de testes massivos contra a Covid-19. Por outro lado, os investidores continuam preocupados com a escassez da oferta, o que também contribui para a subida dos preços. Como era amplamente esperado, a viagem do Presidente dos EUA à Arábia Saudita terminou sem um compromisso dos sauditas para aumentarem a produção. Joe Biden pretende que os países do Golfo aumentem a produção para ajudar a baixar os preços e aliviar a inflação.
A próxima reunião da OPEP e aliados, incluindo a Rússia, está agendada para 3 de agosto e centrará atenções dos investidores, pois o actual acordo de produção termina em Setembro.
Eco
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