Petrolíferas exportam mais
Nove das 10 maiores empresas exportadoras de Angola são petrolíferas, com vendas, no primeiro trimestre do ano, a somarem 297,8 mil milhões de kwanzas, segundo dados da execução orçamental compilados pela Lusa.
No primeiro trimestre de 2016, a única empresa a figurar entre as 10 maiores exportadoras de Angola fora do sector petrolífero foi a estatal Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam), que vendeu ao exterior 31,6 mil milhões de kwanzas em pedras preciosas já lapidadas.
Esta filial da Endiama registou um aumento de 92% face ao volume exportado no primeiro trimestre de 2015, o único caso de crescimento entre as 10 maiores exportadoras nacionais, subindo ao segundo posto.
O primeiro lugar da lista é ocupado pela maior empresa nacional, Sonangol EP, que exportou entre Janeiro e Março o equivalente a 125,9 mil milhões de kwanzas, uma quebra homóloga de 54% que reflecte a forte descida na cotação do preço de petróleo no mercado internacional nos primeiros três meses de 2016. Em terceiro lugar figura a Cabinda Gulf Oil Company, subsidiária da norte-americana Chevron para a produção de petróleo no enclave de Cabinda e que exportou 28,3 mil milhões de kwanzas, menos 59% face ao primeiro trimestre de 2015.
A maior quebra entre as principais exportadoras de Angola foi na filial da petrolífera francesa Total, que desceu para a 10.ª posição, tendo exportado 11,9 mil milhões de kwanzas, contra os 83,3 mil milhões de kwanzas do mesmo período do ano anterior. Uma descida de 86% e a perda do segundo lugar que ocupava nos primeiros três meses de 2015. A Sonangol Pesquisa e Produção e a Sonangol Distribuidora (ambas do grupo Sonangol), além da Esso, BP e ENI foram outras das maiores 10 empresas exportadoras de Angola entre Janeiro e Março.
Neste período, o barril de crude, o principal produto de exportação de Angola, chegou a valer 28 dólares no mercado internacional, menos de metade no espaço de um ano e muito longe dos mais de 100 dólares de 2014.
Para combater a crise decorrente desta quebra para metade nas receitas petrolíferas, o Governo lançou, em Janeiro, um programa para diversificação da economia, que passa pela aposta noutras áreas de produção, como forma de aumentar a produção interna e exportações, travando as importações.
JLo do lado errado da história