Petroquímico ‘tira’ 1000 milhões kz nos prémios do BIC Seguros
MERCADO SEGURADOR. Crescimento do resultado líquido também foi mínimo (apenas 6% em relação a 2021), fixando-se em 1,250 mil milhões de kwanzas com destaque para o ramo Automóvel que cresceu 33%.
decréscimo de forma significativa dos prémios escritos em kwanzas, do regime especial de cosseguro do ramo petroquímico, na generalidade do mercado, provocou uma redução de 11,5 pontos percentuais no crescimento global dos prémios brutos do BIC Seguros.
Se o seguro petroquímico não constasse da sua carteira de seguros, a seguradora afecta ao Banco BIC cresceria cerca de 13% em 2022 face a 2021. No entanto, este crescimento ficou em 1,5%.
Em termos reais, a seguradora terminou o ano com prémios brutos globais avaliados em cerca de 13 mil milhões de kwanzas, cifras que poderiam chegar aos cerca de 14 mil milhões de kwanzas não fosse a perda de cerca de 1000 milhões, registada no seguro petroquímico que terminou 2022 com um prémio de 2 mil milhões de kwanzas.
Os dados foram apresentados pela presidente da comissão executiva da seguradora, Fátima Monteiro, que atribui a queda no petroquímico a variações cambiais. Na generalidade, o mercado registou uma queda de mais de 20% no seguro petroquímico com a quota do mercado do produto a passar de 21,16% para 15,52%.
“Esta queda no petroquímico foi transversal a todas as seguradoras por causa da variação cambial que, algumas vezes nos é favorável e outras vezes nem por isso. Por outro lado, em alguns casos registaram-se mesmo a subscrição de menos prémios”, argumentou. Por outro lado, o resultado líquido da seguradora registou um crescimento de 6% em relação a 2021, fixando-se em 1,250 mil milhões de kwanzas, o que, na opinião da gestora, traduz “o rigor” existente na subscrição e na gestão dos riscos assumidos pela seguradora, sendo que a margem de solvência ascendeu a mais de 250%, demonstrando “solidez” da seguradora.
Segundo Fátima Monteiro, o crescimento do BIC Seguros “é estrutural” e assente em “sólidas bases” de subscrição de prémios e gestão dos recursos da companhia. Nisso, aponta, destaca-se o ramo Vida com um crescimento de 30% e o Automóvel 33%, o que representa um “claro sinal de confiança” do mercado no produto, sobretudo na qualidade da gestão de sinistros.
Falando das expectativas que tem do mercado de seguros nacional para este ano, a gestora diz que encara cada ano sempre com o “mesmo optimismo” e com “muito foco” no crescimento sustentável da companhia em termos quantitativos e qualitativos.
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