PIIM já ‘torrou’ 212,1 mil milhões de kwanzas
No final da IV reunião ordinária da comissão interministerial para a coordenação do PIIM, Laurinda Cardoso informou que dos 1.749 projectos do plano, 1.718 foram elegíveis e 1.679 já estão em execução, o que representa cerca de 95%.
Segundo Laurinda Cardoso, também secretária de Estado para Administração do Território, os projectos que já estão concluídos gastaram 212,1 mil milhões de kwanzas.
No encontro da comissão, prosseguiu, foi definida uma metodologia de trabalho para mitigar os constrangimentos que têm que ver com o impacta nos resultados da execução dos projectos, sendo que um dos constrangimentos identificados está relacionado com a questão da mobilidade dos quadros.
A governante disse ainda que mais de 90 executores do PIIM correspondem a unidades orçamentais, sendo que, do ponto de vista estratégico, a comissão tem trabalhado com o Ministério das Finanças para reforçar e capacitar os órgãos desconcentrados deste sector a nível local, para flexibilizar e melhorar o fluxo referente à operacionalização dos projectos.
Na mesma ocasião, a directora nacional do Investimento Público (DNIP), Jociene Cristiano, informou que, dos 1. 679 projectos em implementação, 170 já foram concluídos em distintas províncias, com realce para seis escolas do ensino primário, cinco hospitais, um complexo aeroportuário e estradas.
Plano recebe críticas
Entretanto, analistas abordados pelo Valor Económico criticaram recentemente a forma de financiamento do programa. O economista Domingos Fortes, por exemplo, explicou que desde o início que se manifestou contra a ‘evasão’ de divisas do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) para o financiamento deste programa, considerando que o Governo devia usar para essa empreitada recursos do Orçamento Geral do Estado.
Para o vice-presidente da Associação Industrial Angolana (AIA), Eliseu Gaspar, “em vez de investimentos em infraestruturas que depois não funcionam, os recursos do FSDEA deviam ser canalizados, numa primeira fase, para potenciar a agroindústria, o que iria aumentar o consumo e a produção interna e exportar para o mercado da região que tem mais de 90 milhões de consumidores".
O PIIM, lançado a 27 de Junho de 2019, no Cazombo, Moxico, com o objectivo de materializar "acções de investimento público de despesas de apoio ao desenvolvimento e de actividades básicas". A intenção, segundo as autoridades, é priorizar as acções de carácter social, para travar o êxodo rural e promover o crescimento económico inclusivo.
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