CADA VEZ MAIS, A APOSTA PASSA POR FACILITAR A VIDA ÀS MULHERES

Poder feminino nas empresas

07 Mar. 2017 Emídio Fernando Gestão

IGUALIDADE. Grandes empresas assumem a responsabilidade de ter mais mulheres em cargos de chefia. Seis delas até traçaram metas e apostam também na flexibilidade horária, na formação e até em quotas para cargos. Das seis que mais apostam, duas tém a liderança de topo no feminino. É delas que o VALOR fala na semana dedicada à mulher.

Philips: Uma em cada trêsPHILIPS: UMA EM CADA TRÊS

A ‘revolução’ feminina na Philips começou no escritório mais importante da empresa, em Alphaville, nos EUA: metade dos funcionários são mulheres. A empresa oferece um dia por semana para as suas trabalhadoras trabalharem em casa e estabeleceu uma regra: por cada três líderes, um, pelo menos, tem de ser mulher. A Philips, fundada na Holanda em 1891, é líder na venda de produtos para casa, como electrodomésticos e televisores, que junta ao fabrico de baterias e de produtos de alta tecnologia ligados ao som, à imagem e ao diagnóstico médico e fornece consultoria em soluções tecnológicas. Tem representações em 120 países.

ERICSSON: UM TERÇO NA CHEFIA

A Ericsson estabeleceu uma meta para 2020: ter, um terço dos cargos de chefia entregues a mulheres. A empresa, especialista em tecnologia de telemóveis, promove, com alguma regularidade, formação e treino dirigidos a mulheres e debates sobre a liderança feminina. Nos países em vias de desenvolvimento, a empresa sueca tem projectos de apoio a escolas que visam estimular as estudantes a dedicarem-se às tecnologias. A Ericsson foi fundada em Estocolmo, em 1876, e começou por ser uma pequena oficina de reparações de telefones. Hoje está valorizada em 40 mil milhões de dólares, dando um salto ‘gigante’ quando se juntou à Sony.

ACCENTURE: ATRAI MAIS MULHERES

Há cinco anos, tinha 17% de dirigentes mulheres, em 2015, já representavam 28,4%. Todos os pedidos de demissão de mulheres são analisados e discutidos, em que a empresa tenta perceber o que as leva a sair. Usa uma política de atracção de funcionárias que passa por dar horários flexíveis, apoio às mães, permitindo que trabalhem em casa até o bebé atingir um ano, e oferece licenças de maternidade. Cerca de 38% dos funcionários, dos mais de 320 mil que tem em todo o mundo, são mulheres. A Accenture dá consultas em gestão e tecnologia de informação. Foi fundada em 1989, nos EUA. Em 2015 e tém presença em 120 países.

AVON: FEMENINA DESDE SEMPRE

È das mais famosas empresas de cosméticos do mundo, fundada nos EUA, mas adoptando um nome em homenagem à cidade que viu nascer o dramaturgo britânico William Shakespeare. O fundador tinha apenas 20 anos e era um simples vendedor de livros, porta a porta e trabalhava com uma amiga. A empresa é liderada por Andrea Jung. Em todo o mundo, a Avon incentiva o trabalho feminino, aplica a equidade salarial, permite horários flexíveis e em casa. A empresa tem também uma vice-preseidente que se dedica apenas às acções voltadas para a igualdade do género e da raça. Apoia ainda ONG em iniciativas voltadas para as mulheres desfavorecidas.

UNILEVER: METADE A LIDERAR

Nos países considerados em vias de desenvolvimento, a multinacional, de origem britânica e holandesa, aumentou o número de mulheres em postos de liderança em 15%. Mas a equidade é mais visível na média dos 160 países onde a empresa marca presença: quase metade. Em 2014, 49% já assumia a liderança em vários departamentos. No entanto, os dois cargos mais importantes são detidos por homens. A empresa aposta na formação especialmente dirigida a funcionárias e permite maior flexibilidade dos horários de trabalho a mulheres.

IBM: MULHER NO TOPO

A IBM destaca-se por ser gerida por uma mulher, desde 2012. Ginni Rometty já foi considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo. É a primeira presidente da empresa em mais de 100 anos de história. Para os cargos de gestão, a empresa aposta na promoção de mulheres, por isso, nos últimos anos tem incentivado mesas redondas e a formação de mulheres. A IBM foi criada, como empresa de tecnologias de informação, ainda no século XIX. Fabrica e vende ‘software’ e ‘hardware’, além de prestar consultoria. Emprega mais de 415 mil pessoas em 150 países.