População vai chegar a 68 milhões
DEMOGRAFIA. Angola poderá duplicar a população em apenas 35 anos. Estudo da ONU indica que altas taxas de fecundidade e de dependência são fardos pesados para a economia. Governo promete inverter o quadro.
O rápido crescimento da população, as altas taxas de fecundidade e de dependência são alguns obstáculos para o desenvolvimento nacional e ter muitos filhos constitui um fardo muito pesado para o Governo poder criar as mínimas condições básicas para as populações. Estas são as principais conclusões de um estudo elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a População (FNAUP).
De acordo com o estudo, em 2054, a população angolana deverá chegar aos 68 milhões de pessoas. Actualmente, a população está estimada em 30 milhões, mas o Censo, realizado em 2014, dá conta de 24 milhões. O estudo conclui que cada angolana tem, em média, 6,2 filhos, um rácio considerado elevado que o Governo garante querer reduzir.
Na apresentação do estudo, o ministro da Economia e Planeamento, Manuel Neto da Costa, considerou ser necessário aproveitar o desenvolvimento demográfico, com o capital humano dos jovens com competências para o mercado do trabalho e acautelar a criação de emprego. Segundo o governante, perante o actual momento da economia do país vive “torna-se necessário reverter o curso, daí a implementação de medidas como a consolidação fiscal, mas também o equilíbrio de mercados de maneira a libertar as forças do mercado privado de forma a criar empregos”. “Um estudo é um instrumento relevante para melhorar e orientar as políticas públicas”, sublinhou o governante.
O representante da ONU em Angola, Paolo Baladeli, aconselhou o Estado a intervir mais nas áreas da saúde, educação sobre o planeamento familiar e tomar as medidas necessárias para que a população tenha um crescimento mais modesto.
Já a ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula Sacramento Neto, garantiu que a aposta do seu ministério é criar políticas para que os jovens se lancem no empreendedorismo, no acesso à formação profissional, na erradicação da pobreza, na participação na vida política e pública, tempos livres e educação física e desportos, acesso às tecnologias de informação, segurança pública e cidadania.
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre o judicial...