ANGOLA GROWING
Empreendimento deve criar 1.600 postos de trabalho

Porto do Caio pronto em 2019

O porto de águas profundas, designado Caio, em Cabinda, entra no primeiro trimestre de 2019, conforme estava previsto, anunciou ontem a instituição num comunicado a que o JA teve acesso. A nota refere que a construção do porto de águas profundas ganhou impulso devido ao forte apoio do Governo, em particular do Ministério dos Transportes e do Governo Provincial de Cabinda, e pelo apoio do Banco de Exportação e Importação da China.

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O empreendimento portuário registou um progresso significativo no cronograma de construção, garantindo que as operações completas possam começar no primeiro trimestre de 2019, antes do período previsto. Uma vez totalmente operacional, o porto vai aumentar a capacidade de movimentação de carga, tornando as exportações muito mais fáceis e rentáveis. A infra-estrutura, que cria cerca de 1.600 postos de trabalho directos, deve aumentar o comércio em pelo menos 30%.

O principal accionista do Porto de Caio, Jean-Claude Bastos de Morais, reconheceu o apoio do Governo e do sector privado no mega projecto, que vai reduzir a dependência de Cabinda aos países vizinhos. “As grandes necessidades de infra-estrutura em África podem ser abordadas ao adoptar o modelo PPP (parceria público-privada), o que ajudará a atrair mais investimento privado em sectores como portos, estradas e rodovias”, afirmou o investidor que se mostrou ansioso para explorar mais oportunidades de desenvolvimento com os governos em todo o continente.

“Continuaremos a desempenhar um papel importante na transformação do modelo económico africano, onde a diversificação económica, o crescimento económico e o emprego sustentável tornam-se uma realidade no curto prazo, proporcionando benefícios significativos para os africanos”, garantiu.

A China Road and Bridge Company (CRBC) foi contratada para construir as instalações portuárias e empregou mão-de-obra local para realizar esta empreitada, criando postos de trabalho para os angolanos. Primeira parceria pública ou privada desta natureza em Angola, o empreendimento representa uma mudança na forma de investir no crescimento económico do país a longo prazo e passa a ter um impacto positivo entre os angolanos e a região.

Porta de entrada em África

Uma vez concluído, o Porto do Caio vai ser uma importante porta de entrada comercial entre Angola e o resto de África, tornando-se um motor para o crescimento económico, melhoria do padrão de vida e criação de oportunidades económicas.

A ideia e a gestão do projecto do porto de águas profundas começou em 2007. Após um período de investimento de cinco anos, a empresa de gestão (CaioPorto - SA) recebeu uma concessão que incluiu o projecto, financiamento, construção, operação e manutenção do porto. Estudos de viabilidade foram realizados e os custos preliminares foram investidos no projecto para construir um melhor porto de águas profundas e actuar como um catalisador, com o objectivo de aumentar a prosperidade económica para todas as partes interessadas.

O Porto do Caio, actualmente em construção, é um investimento que representa uma mudança significativa nas capacidades de transporte e logística do país, posicionando Angola como a nova porta da costa oeste no continente africano. Porto do Caio é a instalação portuária de classe mundial, parte integrante de um novo programa de infra-estrutura do Governo de Angola que emergiu de uma parceria pública ou privada com a empresa pioneira CaioPorto - SA, com sede em Angola.

A Caio Porto - SA recebeu a concessão para financiar, planear, projectar, construir e gerir o Porto de Caio, nos termos e condições acordados num contrato de concessão elaborado em colaboração com o Ministério dos Transportes. Uma vez concluído, o Porto do Caio, juntamente com os outros portos existentes em Angola, vai redefinir as noções convencionais de comércio com Angola.

O novo projecto está directamente alinhado com os planos do Governo para reconstruir a infra-estrutura nacional e servir de catalisador para a cooperação regional e internacional, pela implementação de programas de transporte marítimo, ferroviário, rodoviário e portuário. O lançamento do porto vai gerar receitas significativas para a região e vai servir como factor chave para o desenvolvimento.