PR autoriza venda da participação do Estado no BAI
O Presidente João Lourenço autorizou a venda das participações da Sonangol e da Endiama no Banco Angolano de Investimento (BAI), segundo um decreto publicado na última sexta-feira.
A petrolífera estatal deve assim alienar os 8,5% que detém na instituição financeira liderada por Luís Lélis, ao passo que a empresa pública de diamantes deixará de reclamar a titularidade dos 1,5% na estrutura accionista do banco. A venda, de acordo com o decreto, será feita de forma agregada, por via de um concurso limitado por prévia qualificação, cujo responsável é o Ministério das Finanças.
Combinadas as duas participações, o Estado, com 10%, é o maior accionista do banco, dado que a Arcinella Assets e a Sforza Properties detêm 7% e 6,5% das acções, respectivamente, enquanto outras seis entidades detêm 5% cada uma, sendo que os restantes 48% estão distribuídos em lotes menores.
A alienação da presença do Estado no BAI faz parte do programa de privatização das empresas (Propriv) que estabelece 2020 como o início do processo de alienação da referida participação na modalidade de concurso público. Em face disso, para lá de outros activos públicos, a Sonangol, embora tenha aumentado a participação na Unitel, anunciou que, a partir de Abril passado, podia iniciar o processo de privatização de 11 dos seus 54 activos, detidos na totalidade ou parcialmente.
Na última conferência de imprensa realizada pela Sonangol, o presidente do conselho de administração da petrolífera, Sebastião Martins, anunciou que, da lista de empresas ou participações por alienar, constam 40% da Sonamet, companhia vocacionada para a fabricação de infra-estruturas metálicas, 40% do estaleiro de fabricação de painéis e 30% das acções da Petromar.
Performance do banco BAI
De acordo com os dados financeiros consolidados de 2019, o BAI é o banco que mais cresce entre as cinco maiores entidades financeiras bancárias. No período, registou um resultado líquido de 34,3 mil milhões de kwanzas no primeiro trimestre, 56 mil milhões de kwanzas no segundo e fechou o terceiro trimestre com um lucro de 101,2 mil milhões de kwanzas.
Ao longo dos 23 anos de existência, a entidade atingiu a cifra de 1,5 milhões de clientes, emprega 2.100 colaboradores, conta com um activo acima dos sete mil milhões de dólares e concedeu, no ano passado, cerca de 600 mil milhões de kwanzas em crédito.
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