PR reconhece melhoria na comercialização de diamantes
O Presidente da República reconheceu esta quarta-feira, em Luanda, melhoria na arrecadação das receitas de diamantes, como resultado da introdução, em Junho de 2018, da nova política de comercialização deste minério.
Ao discursar na abertura da Conferência e Exposição Internacional sobre o Sector Mineiro Angolano, João Lourenço sublinhou que entre os beneficiários da melhoria da arrecadação destas receitas estão o Estado e as empresas produtoras.
Depois de perspectivar a criação em Angola de uma bolsa de comercialização da ‘pedra preciosa’, o Presidente saudou o surgimento de mais investimentos privados no segmento de lapidação, que culminaram com a inauguração de três fábricas de lapidação, nos últimos dois anos.
Para melhorar a contribuição deste sector no Produto Interno Bruto (PIB), anunciou que o Executivo está a promover o surgimento de mais fábricas de lapidação de diamantes e de produção de joias, principalmente nas províncias produtoras de diamantes brutos.
Destacou, neste quadro, a iniciativa que visa a construção de um Pólo de Desenvolvimento Diamantífero em Saurimo (Lunda-Sul), que albergará as infra-estruturas técnicas e administrativas de suporte a essa actividade.
O projecto visa reunir no mesmo local empresas nacionais e estrangeiras interessadas em acrescentar valor aos diamantes angolanos e criar mais empregos no país.
Para prevenir o impacto ambiental negativo que o garimpo de diamantes exerce sobre a economia e a natureza, o estadista anunciou a implementação de um programa para o seu combate permanente.
A ideia subjacente é a de impedir a delapidação deste recurso mineral por imigrantes ilegais, a exemplo do que já acontece com outros países produtores da região, como a Namíbia, o Botsuana e a África do Sul.
O referido programa inclui também um processo de legalização e reorganização das cooperativas de diamantes, com a finalidade da sua transformação em empresas de exploração semi-industrial de diamantes.
Situação no mercado Internacional
Na conferência, João Lourenço reafirmou que o Executivo angolano tem acompanhado a situação prevalecente no mercado internacional de diamantes, nomeadamente a questão de preço e do surgimento dos diamantes sintéticos.
O fórum é uma organização conjunta do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e da empresa britânica AME Trade Ltda. Participam no mesmo mais de 400 delegados e 50 expositores de 17 países.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...