LUÍS CUPEÑALA, EMPRESÁRIO

“Precisamos do investimento estrangeiro, mas é preciso que se crie uma classe empresarial de angolanos forte”

24 Feb. 2021 Grande Entrevista

Sócio da representante da Emirates, em Angola, olha para o BNA como um concorrente empresarial, porque "vende títulos e o risco dos títulos é zero então os bancos preferem comprar e vender títulos porque não há risco nenhum". Desta forma, crítica a falta de vontade de se conceder créditos e crítica a excessiva burocracia do Estado que trava o investimento estrangeiro.

“Precisamos do investimento estrangeiro, mas é preciso que se crie uma classe empresarial de angolanos forte”
D.R

Torna-se presidente da Câmara de Comércio Angola/China numa altura que, se comparando ao passado, a presença do empresário chinês tente a diminuir. Concorda com esta afirmação?

Alguém disse que os abutres vão onde estão reunidos os corpos, quero dizer com isto que Angola, quando estava no 'boom', praticamente o investimento estrangeiro directo estava no pico porque as oportunidades eram maiores, as aberturas eram bastantes fortes e todo mundo tinha uma certa apetência para vir para Angola. A crise financeira e económica internacional, e sobretudo nos países produtores de petróleo, reduziu o fluxo de muitos investidores para o país. Certamente, terá sido esta a leitura feita para que a maior agressividade que a câmara tinha de início não seja a mesma dos últimos tempos porque tudo se retraiu por conta do meio ambiente económico, fundamentalmente, e a situação da crise económica internacional está a afectar não apenas Angola. É esta a razão da redução, do abrandamento, mas é preciso notar que este abrandamento não significa que a China deixou de olhar para Angola como seu destino.

Mas o interesse pode ter diminuído. Ou não?

Angola é um país bastante rico do ponto de vista de recursos, com oportunidades ímpares e a China considera Angola como um espaço estratégico para poder atingir os grandes objectivos dos investimentos que pretende fazer. O mais importante ainda é o optimismo, é muito importante. Recentemente, foi realizado um fórum do Ministério das Relações Exteriores onde foram apresentadas várias oportunidades nas áreas agrícola, pescas e em muitas outras e mobilizou vários empresários chineses a olhar para Angola, não obstante as oportunidades já conhecidas, como um país de destino para os seus investimentos. A redução que notou não é que tenha havido a desistência do lado dos chineses virem para Angola. É um contexto global que todas as empresas, todas as multinacionais têm de redesenhar e reanalisar as estratégias para se poderem adaptar ao novo quadro económico internacional.

Também é membro influente da Câmara de Comércio Angola/Africa do Sul. Poderá ser um membro menos activo, agora que preside à Angola/China?

O mais importante e fundamental é saber que todos estamos a lutar por uma causa fundamental, que é a nossa pátria, Angola. Todo o nosso desempenho e esforço é na mobilização de investimentos estrangeiros, de parceiros estratégicos, venham da América, dos EUA, do Brasil, bem como da Ásia. O mais importante é olharmos para Angola como um contexto sobre o qual todos temos de mobilizar os nossos esforços para criarmos relações estratégicas no quadro da cooperação para que possamos atingir a industrialização e fundamentalmente a competitividade internacional.

O nosso ambiente de negócio é suficientemente estimulante para o investimento estrangeiro?

As economias têm um carácter cíclico. Há momentos em que o ambiente nos oferece um espaço de muita competitividade, tudo corre muito bem, há um 'boom' e há alturas em que estamos em queda livre. Mas nessas oscilações, entre o topo positivo e o topo negativo, é aí onde os grandes empreendedores se realizam, melhoram as estratégias para poderem adequar-se ao meio ambiente. O que estamos a viver é uma peste internacional. Estávamos a fazer o nosso trabalho de forma física, viajando de um lado para o outro, mas estes novos desafios trouxeram novas oportunidades para aqueles que têm olhos abertos para olhar, ouvidos para ouvir. Ao invés de viagens, como estávamos a fazer, passamos a utilizar o sistema de inteligência artificial. O mundo, como uma vila comum, transformou-se um espaço muito mais pequeno geograficamente. Tenho a certeza que o quadro em que se encontra Angola é um espaço favorável para as pessoas visionarem, virem e identificarem melhor as oportunidades.

Em que termos?

As barreiras em termos de regulação, hoje, são um bocado mais flexíveis. Quando um mercado fica mais competitivo, os métodos regulares de entrada são um bocado mais restritos e isso cria uma certa barreira. Para investidores visionários, que compreendem muito bem a natureza das economias, este é o momento que estes grandes investidores vêm para Angola. Não podemos criar desânimo por causa do momento que estamos a viver, porque os desafios fazem os homens fortes e os homens fortes fazem nações grandes.    

Qual é a situação real do vosso grupo empresarial?

Na crise financeira internacional, de 2008 e durou cerca de um ano, tivemos uma aparente recuperação. Começámos mais uma outra crise em 2014, que dura até hoje, que leva o país praticamente a uma depressão económica. Esta crise afectou vários grupos. Muitas empresas fecharam porque as condições económicas e o próprio meio ambiente deixaram de ser atractivos. Há muitas áreas do nosso grupo que tivemos que pôr em 'standby', porque há negócio quando há procura e oferta e há certas áreas que, embora possa ter havido oferta, a procura deixou de existir. A questão da distribuição da renda é um grande problema, o nível de desemprego aumentou substancialmente e tudo isso reduziu de certa forma o poder de compra. Há empresas que, ao longo do tempo, criámos para prestar serviço ao Estado. O Estado teve de implementar algumas medidas de austeridade para redução das suas despesas e estas empresas deixaram o espaço que tiveram durante a fase em que a economia estava bem.

Fecharam?

Estas empresas são da área de electricidade, prestação de serviços, manutenção. Tivemos de parquear estas áreas. Para sobreviver, foi necessário reconfigurar as nossas estratégias para nos adequarmos. Tivemos de pôr mais ênfase na indústria transformadora, é onde temos o maior foco, sobretudo na transformação de rochas ornamentais, porque com escassez de divisas as empresas de construção encontram maiores dificuldades para importar materiais.

Então tiveram de desempregar?

Em algumas áreas, tivemos de mandar para casa mais de cem pessoas e é muito se olhamos para os seus dependentes. É necessário calcular o impacto negativo que isso produziu.

Perspectiva mais desemprego?

Esse novo quadro normal nos ensinou a pensar de forma muito diferente. Talvez partirmos para mais especialização, para números não muito grande de trabalhadores, mas para programas de treinos, de desenvolvimento para adequarmos os poucos quadros temos à nova dinâmica económica. Há determinadas áreas em que as novas tecnologias vão substituindo gradualmente a força da massa humana e talvez com isso se reduza o número muito grande de trabalhadores. O que precisamos é aumentar mais investimentos e unidades de produção para que, à medida que se vai fazendo, vamos empregando mais pessoas e criando mais especializações. É este o novo quadro que estamos a adoptar por forma a tornar as nossas unidades de produção não só mais competitivas, mas mais produtivas para que os trabalhadores vinculados tenham um salário honesto, adequado ao trabalho que oferecem e, por outro lado, encontrem nas empresas um espaço de realização e formação.

A indústria da aviação é das mais afectadas com a crise. Como está o vosso negócio enquanto representante da Emirates?

Certamente, o turismo foi afectado porque o mundo é como um corpo humano, é através das veias que circula o sangue. As pessoas circulam de um lado para o outro usando o transporte aéreo. A pandemia, a coisa nova que trouxe é exactamente evitar viagens e aglomerações. Estamos a experimentar um mundo completamente diferente, um mundo isolado onde não há viagem. Tudo isso afectou os negócios. Esta situação criou um impacto muito grande na indústria da aviação e muitas empresas foram à falência.

E qual é a situação concreta da vossa empresa?

A Emirates é uma das maiores companhias do mundo. Apesar de atravessar muitas dificuldades ainda continua a ser uma das maiores do mundo. São empresas que ao longo dos anos, mesmo nos momentos bons, criam planos para poderem sobreviver em caso de qualquer recessão ou depressão económica. São estas estratégias de grandes visionários que salvaguardam algumas das grandes companhias do mundo. A Emirates ainda continua muito forte e a voar para muitos países. Mesmo para Angola, poderíamos voltar a fazer sete voos por semana se fosse o caso. Ainda estamos bem, a Emirates vai continuar como parceiro de Angola por muitos anos.

Mas não havendo voos, a representante fica quase sem receitas...

Há receitas e não há receitas, mas é preciso acreditar. Por vezes, ao atravessar um deserto, temos de contar com as energias internas, mas sempre confiante de que o bom tempo há-de vir. É preciso resiliência, perseverar durante este período, acreditando que esta pandemia e a dificuldade económica não são permanentes. Os bons tempos estão a vir, mas é necessário acreditar que só poderão sobreviver aqueles que estão a adoptar estratégias para se adequar aos momentos actuais.

 “Precisamos do investimento estrangeiro, mas é preciso que se crie uma classe empresarial de angolanos forte”

Que caminho se deve adoptar para sair da crise?

Durante muito tempo, fomos habituados ao comodismo, o petróleo era o nosso ouro negro, era praticamente a resposta para todos os problemas. Não criámos estratégias para olharmos para outros sectores como recursos que pudessem também contribuir para a nossa balança comercial, mas a crise do petróleo trouxe um novo paradigma, olhar para outras janelas e fronteiras porque Angola é um país bastante rico. Na África subsariana, é um país com as maiores bacias ou recursos hídricos, tem terras aráveis e também, por outro lado, tem outros recursos minerais. Tem o melhor granito, o melhor mármore. Angola já exportou café, já esteve no mercado mundial como exportador de madeira. Se tivermos estratégias claras e fazermos investimentos de maneira actuante, vamos poder, no quadro do programa de diversificação da economia, fazer o resgate do nosso país. Tanto actores privados como membros do executivo e a sociedade civil, todos aprendemos que o petróleo não é o maior recurso.    

Mas para desenvolver estes recursos é preciso investimento e o empresário angolano está com dificuldades…

Os recursos nunca foram muitos e é, por isso, que tem de haver uma capacidade de articulação diferente. Não há quem tenha muito dinheiro por isso é que existe o sector financeiro. Os bancos, a responsabilidade e o negócio que têm, devem dar crédito, financiar a economia. Se os bancos financiarem a economia a juros flexíveis, vamos ter uma economia dinâmica num curto espaço de tempo. Mas é preciso também que se faça grandes mudanças na nossa política macroeconómica, sobretudo nas políticas monetárias e fiscais. Tudo isso tem que ser revisto. As barreiras aduaneiras têm de ser muito bem analisadas, como a burocracia, sobretudo no registo das empresas estrangeiras. É necessário criar instrumentos que acelerem o registo dessas empresas, facilitar a comunicação. A melhoria das infra-estruturas rodoviárias.  Por outro lado, a corrupção ainda é um outro cancro. É necessário continuarmos, com coragem, a fazer a luta contra a corrupção para que o ambiente de negócio se torne cada vez mais atractivo não só para o mercado internacional, mas também para o interno. É necessário também que o Estado  redobre o apoio ao empresariado privado. Está em causa a soberania. Precisamos do investimento estrangeiro directo, não há nenhum país que se desenvolveu sozinho, precisamos de outras culturas, outras experiências, mas, no entanto, é preciso que se crie uma classe empresarial forte de angolanos que possam participar na criação da riqueza nacional.

Como é que se cria esta classe empresarial forte sem correr o risco de cometer os mesmos erros do passado, que estão agora a ser combatidos como a corrupção, trafico de influências, impunidade e monopólios?

A criação de uma classe empresarial forte não é o Governo dar dinheiro às pessoas para fazerem empresas. Esse é um paradigma completamente diferente e as economias não são feitas assim.  Há muita gente no mercado informal. São chamados empreendedores natos, muitos deles não têm alvará. É preciso formalizar este mercado informal. São pequenos empreendedores que têm iniciativas próprias. Se tiverem crédito, podem crescer para grandes empresas. As empresas não se criam com o Governo a criar um 'saco azul' para dar dinheiro. Isso é corrupção e é exactamente isso que levou à ruptura da nossa economia. O Estado tem de criar um ambiente económico que permita às empresas realizarem actividades, que a banca funcione, que haja políticas fiscais conducentes e politicas monetárias atractivas.  Que haja competitividade. Este espaço de competitividade vai permitir que as várias iniciativas apareçam, porque onde há condições de trabalho, mercado, procura e oferta, há circulação de dinheiro. Os mercados são feitos assim, a responsabilidade do Governo é regular para que tudo que seja feito de acordo com as leis.   O governo não pode ser um factor impeditivo, por um lado, e, por outro lado, precisa também evitar a promiscuidade, em que os ministros são empresários e são os que recebem projectos de empresas privadas porque também são concorrentes.

Mas estas práticas já não se podem considerar como sendo do passado?

São do passado, mas ainda existe inércia, é preciso fazer muito trabalho para o nível que Angola pretende atingir.

O BNA tem criado políticas, mas os bancos resistem a conceder crédito justificando-se com os riscos impostos pela situação económica. Como o Governo se deve posicionar?

O problema é que o Estado não pode ser árbitro e jogador ao mesmo tempo. O BNA tem as suas políticas, as políticas monetárias. Regula a banca. Tem a responsabilidade de disciplinar a actividade financeira no mercado. O BNA, por sua vez, vende títulos e o risco dos títulos é zero então os bancos preferem comprar e vender títulos porque não há risco nenhum. Estamos a lutar para que o sector empresarial seja forte, mas temos o BNA como concorrente. Fica difícil porque os bancos comerciais são regidos pelo BNA. São outros imperativos que ainda precisam de ser analisados e limados para que tenhamos um mercado que realmente obedeça a critérios internacionais.

Muito recentemente o governador do BNA criticou publicamente os bancos por não cederem credito…

O meu entendimento é este, que o BNA tem de criar políticas sérias que permitam que haja crédito.

Há necessidade de se melhorar a questão dos impostos e barreiras aduaneiras, o que sugere?

Angola subscreveu o acordo do comércio livre. É necessário fluxo de negócios e não estou a falar só de Angola, mas de forma geral. O grande problema do atraso de África é a nossa insistência nas barreiras aduaneiras. As barreiras aduaneiras reduzem a competitividade dos países para poderem fazer mais dinheiro. Há países que abriram as áreas francas e estas aceleram o desenvolvimento. Os países que enveredaram para isso, como por exemplo o Dubai, desenvolveram-se. Mesmo a China, numa determina altura para dar o salto qualitativo teve de abrir as portas para o mercado internacional. Muitas empresas do Ocidente praticamente revolucionaram a economia da China. Quando se fecha a porta não é possível desenvolver. Não podemos falar de protecção, de que para o nosso desenvolvimento temos de proteger a classe empresarial. É necessário que haja competitividade para que haja crescimento. O problema é estrutural. Há muita coisa que tem de ser melhorada.

Mas hoje, por exemplo, o Estado precisa mais dos impostos devido à crise do petróleo. Não?

Mas tem de fazer o balanço. Pode tornar o seu celular muito mais caro. Ao invés de receber mil celulares por dia, receber cinco celulares porque há muitos impostos. Se baixar os impostos, atrai muita gente para o mercado e o negócio é de escala, faz muito mais dinheiro do que ao criar barreiras aduaneiras. Há muitas análises que se fazem. Precisamos de andar muito rápido. Se, de facto, a diversificação da economia é o nosso lema, há muitos pressupostos agregados a isso para que tenhamos o resultado desejado.

E como vê o posicionamento de Angola na Zona de Comércio Livre?

Angola entra com os dois pés. Angola não é uma ilha e ao subscrever o acordo quer participar da corrida. E certamente não vamos para este mercado com as mãos a abanar, porque temos recursos. O que é necessário é que tenhamos valor acrescentado nestes recursos para que possamos fazer mais dinheiro e gerar empregabilidade no nosso país. A questão da industrialização é extremamente importante para que, ao invés de exportarmos matéria-prima, exportemos produtos acabados.

Rejeita a possibilidade de nos tornamos apenas mercado de produtos de países que como a África do Sul, por exemplo, que já têm uma certa capacidade de exportação?

Não, não. Não podemos olhar por este prisma, porque temos recursos e um dos maiores recursos é o povo.

Mas os outros já estão a produzir…

Também podemos produzir. A atracção do investimento estrangeiro é extremamente importante para participar do processo da industrialização do país.

O vosso grupo já exporta?

O mercado interno ainda consome tudo. É necessário ainda satisfazer as apetências internas depois partimos para o mercado internacional, embora muitos produtos sejam de exportação. Este é o quadro que vamos aprimorar. Há produtos que, na sua generalidade, são de consumo interno, mas há outros que quando aumentarmos a nossa capacidade de produção, vamos começar a exportar até porque temos muitos pedidos no Dubai e no Congo Democrático.

Como o vosso grupo, muitas indústrias ainda lutam para produzir o suficiente para o mercado interno. Não vamos tornar-nos mais num  mercado consumidor?

O que é necessário é o aumento da capacidade de produção para que possamos alimentar o mercado interno. É um processo que leva tempo.

Mas para aumentar a produção é necessário a banca…

Estamos numa jornada, é uma viagem. Há situações que vão melhorando ao longo da caminhada. O mais importante é sermos optimistas, termos os olhos fixos no futuro, que é possível em Angola fazermos grandes coisas quando temos determinação própria.

Está fora do país há praticamente um ano, tem sido fácil gerir as empresas?

O que nós aprendemos, sobretudo na minha vida empresarial, é que para ser líder é necessário criar outros líderes, porque os homens ficam e as instituições ficam. Se criarmos pessoas com capacidade de fazer as coisas, que compreendem e entendem a nossa voz, compreendem os pilares da organização, a visão que traçamos, sem dúvida nenhuma que a nossa ausência física não abala a organização. É exatamente isso que tem estado a acontecer. Tenho uma equipa a trabalhar no terreno em Angola e no Dubai e, na base destes instrumentos electrónicos que usamos hoje, presta contas e apresenta  trabalho que estão a fazer.

Como analisa o Governo?

Precisamos que o Governo tenha mais espaços para ouvir os empresários, não olhar apenas para os investidores estrangeiros. É necessário que o executivo tenha espaço de concertação para saber quais são os grandes problemas que existem, embora sobejamente já sabem, mas precisam de encorajamento para que aqueles que ainda sobraram na carruagem, encorajados, possam fazer para avançar. Os problemas que temos hoje não só afectam o empresariado como o próprio Estado. Precisamos partilhar um espaço comum para ver quais são as melhores estratégias para a saída da crise.

Mas o governo tem sido dialogante.

O problema não é só dialogar. Uma coisa é teoria e outra a prática. Estamos a pedir que haja mais interatividade, precisamos de trabalhar juntos.

Perfil

Co-fundador do grupo empresarial Bongani, em 1998, Luís Cupeñala trabalhou, até então, e durante 14 anos, no Grupo Valentim Amões (GVA)- Como CEO do GVA, foi responsável por reconstruí-la tornando-a no maior grupo de empresas de Angola, após a maior parte dos seus activos terem sido destruídos durante a guerra civil. A empresa passou de 40 para mais de mil trabalhadores com operações em diversas áreas como habitação, turismo, transporte, indústria, entre outras. É formado em Telecomunicações, certificado em comunicações, MBA pela Mancosa, África do Sul.