Presidente da República vacinado
O Presidente da República foi hoje vacinado e insistiu na solidariedade internacional para um acesso mais igualitário às vacinas contra a covid-19, pois “ninguém se vai salvar sozinho”.
João Lourenço foi uma das altas figuras do Estado acolhidas no centro de vacinação contra a covid-19 em Luanda, numa altura em que os números de infecções não param de crescer, com as autoridades a mostrarem-se preocupadas com as novas estirpes e a tomarem medidas mais restritivas para prevenir a doença.
“Reiteramos o nosso apelo para que os países desenvolvidos, que têm a capacidade industrial de produzir vacinas sejam mais sensíveis, e entendam que ninguém se vai salvar sozinho. Ou nos salvamos todos, ricos e pobres, poderosos e não poderosos, ou ninguém se vai salvar. É uma pandemia que atingiu todo o planeta e tem de se atender todo o planeta”, disse João Lourenço, à saída do centro onde recebeu a primeira dose da vacina russa Sputnik V.
Além do chefe de Estado e da primeira dama, Ana Dias Lourenço, receberam a vacina o vice-presidente da República, Bornito de Sousa, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, e a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira.
Angola recebeu já as primeiras 40 mil doses de um lote de 6 milhões da Sputnik V, adquiridas por cerca de 94 milhões de euros, bem como 624 mil doses da vacina AstraZeneca, no âmbito da iniciativa Covax, e 200 mil doses da Sinopharm numa oferta do Governo chinês.
João Lourenço assinalou que existe pouca capacidade de resposta por parte dos produtores de vacinas, face à procura mundial pelo que deve ser feito um esforço para que as vacinas cheguem aos beneficiários a preço acessíveis, nomeadamente aos países africanos sem grandes recursos financeiros.
O chefe de Estado manifestou-se, no entanto, optimista que “será ouvido” o apelo dos que mais necessitam para que o problema seja resolvido rapidamente.
O Presidente admitiu, porém, que o executivo não confia apenas no que é oferecido e que vai ser necessário comprar mais vacinas.
“Esse esforço está a ser feito, apesar das dificuldades que existem. À medida que vamos mobilizando mais recursos financeiros vamos continuar a lutar por adquirir mais vacinas”, realçou.
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