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Na Itália

Primeiro-ministro admite prolongar estado de emergência

10 Jul. 2020 Mundo

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, admitiu hoje prolongar para além de 31 de Julho o estado de emergência decretado devido à pandemia da covid-19, para facilitar o controlo do vírus.

Primeiro-ministro admite prolongar estado de emergência
D.R

O estado de emergência permite facilitar e acelerar a tomada de decisões e medidas quando ocorrem sismos, inundações ou outras catástrofes, neste caso a epidemia do novo coronavírus.

“Razoavelmente, existem condições para prolongar o estado de emergência devido ao coronavírus após a data de 31 de Julho”, declarou Conte à imprensa em Veneza.

“O estado de emergência serve para manter o vírus sob controlo. Ainda não decidimos, mas caminhamos nessa direcção”, adiantou.

O chefe de governo assinalou tratar-se de “uma decisão colectiva” a ser tomada “em conselho de ministros”.

“Um eventual prolongamento significa que estaremos em condições de continuar a tomar as medidas necessárias, mesmo de pequeno alcance”, precisou.

Um dos países mais afectados na Europa, a Itália pagou um preço alto pela epidemia, com perto de 35.000 mortes e mais de 240.000 de infectados.

Governo diz tratar-se de uma doença não covid-19

Cazaquistão nega alegações sobre nova pneumonia

O Cazaquistão rejeitou hoje a alegação da embaixada chinesa naquele país de que um novo vírus, mais mortal que a covid-19, se estaria a espalhar em várias regiões da nação da Ásia central.

Numa mensagem aos cidadãos, a embaixada chinesa em Nursultan, capital do Cazaquistão, alertou na quinta-feira para uma nova doença “com uma taxa e mortalidade muito maior que a covid-19” que teria causado 1.772 mortes nos primeiros seis meses de 2020 e “628 apenas em Junho”.

O comunicado à imprensa falava inicialmente de uma “pneumonia cazaque”, mas esse termo foi substituído por “pneumonia não-covid”. Segundo a embaixada chinesa, três regiões do Cazaquistão estariam afectadas e havia chineses entre as vítimas.

As alegações dos “media chineses” não “correspondem à realidade”, assegurou hoje o Ministério da Saúde cazaque, em comunicado citado pela imprensa local, sem mencionar a declaração da embaixada da China.

O Ministério explicou, em comunicado, que há pacientes registados como sofrendo de pneumonia e não do novo coronavírus, apesar de terem os sintomas da covid-19, porque os resultados dos testes deram negativo.

O mesmo comunicado acrescentou que os aumentos de casos de pneumonia de origem bacteriana, fúngica e viral, que também incluem pneumonias virais de "organismos não especificados", estão de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As autoridades cazaques reintroduziram medidas de confinamento na última semana para combater a propagação da covid-19.

No total, o país regista oficialmente 57.747 infecções e 264 mortes até hoje, mas, como os vizinhos na Ásia Central, a nação é acusada por observadores e organizações não-governamentais (ONG) de minimizar a dimensão da pandemia.