Privatizações de fábricas têxteis vão à consulta pública
O processo de privatização das três unidades industriais têxteis, construídas com fundos públicos, em Luanda, Kwanza-Norte e Benguela, vão a consulta pública a 18 deste mês, numa iniciativa do Instituto de Gestão dos Activos e Participações do Estado (IGAPE).
Além das unidades têxteis, o IGAPE também tem em agenda para este mês, dia 19, a auscultação pública sobre a privatização de empreendimentos agro-pecuários-fazendas, de acordo com o documento a que a Angop teve hoje acesso.
As unidades têxteis que vão a concurso são as fábricas Nova Textang II (Luanda), a África Têxtil (Benguela) e Satec (Kwanza-Norte).
Nestas fábricas, no âmbito do acordo financeiro estabelecido entre o Governo angolano e o banco japonês JBIC, o Executivo investiu 1,2 mil milhões de dólares, sendo 251 milhões de dólares para a Nova Textang II e 420 milhões de dólares cada para África Têxtil e Satec.
A Nova Textang e as outras unidades foram privatizadas em 2013 pelo Ministério da Indústria, através do IDIA- Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola, num concurso público que o Ministério da Indústria não tinha competências para o fazer, devido ao volume de investimentos.
As unidades têxteis encontram-se inoperantes, incluindo a Textang II, com uma capacidade de produção anual de nove milhões de metros lineares de tecido.
A Nova Textang II, a unidade está vocacionada para a produção de tecidos para a produção de vestuários, iniciando o seu processo produtivo com a produção de fio, posteriormente utilizado para a produção de tecido cru, que, por sua vez, será utilizado para a área de tesouraria. A unidade dispõe de 24 fusos, 80 tiras, uma unidade de tesouraria e acabamento.
Para o funcionamento desta, são necessárias 3.000 toneladas de algodão e 700 toneladas de poliéster, cerca de quatro mil toneladas de matéria-prima por ano.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...