QUANTO CUSTA UM BIDEN?
Podemos afirmá-lo com grau relativo de certeza. É improvável que algum dia se chegue ao custo real do total da operação diplomática que tenta/tentou trazer o Presidente dos Estados Unidos a Angola. Até porque, por razões de simples honestidade e de verificação dos factos, é preciso separar as águas.
Nesta operação, não há necessariamente uma coincidência total de interesses da parte angolana. Uma coisa é o Presidente, outra coisa é o país. Por muito que se tenha sobrestimado a preponderância dos interesses económicos, o Presidente angolano tem a sua agenda particular e as razões são óbvias.
João Lourenço passa pelo momento mais delicado da sua travessia pela chefia do Estado. Com a oposição útil, a relação é de cortar à faca. Estudos independentes recentes dizem, com frieza, que a maioria esmagadora dos angolanos não o suporta, nem que se cubra com pele de cordeiro. Dentro do seu MPLA, a cada dia que passa, o ambiente supera-se no caos. Os velhos não o querem; os dirigentes não lhe dão sinais sólidos de lealdade, de tal sorte que se viu obrigado a atacá-los em plena reunião com as ‘bases’, e os jovens digladiam-se entre a indefinição, a ambição e o desespero. O Governo e o resto do Estado também não fazem por facilitar-lhe a vida. Da corrupção, incluindo na justiça, ao contrabando de combustíveis; da candonga de armas à fífia do censo, não há ponta que se pegue na governação. Joe Biden seria o tal anestésico importado que serviria para acalmar temporariamente a dor incessante. E o tempo de acalmia é o tal que seria aproveitado para a reafirmação da liderança interna e para a oxigenação dos alegados sonhos inconfessos de prevaricação da Constituição e de todas as regras, incluindo as do MPLA.
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