Mais de 30 mil vindos da RDC

Refugiados recebem apoio de 13 milhões de dólares dos Estados Unidos

O Governo dos Estados Unidos da América vai disponibilizar 13 milhões de dólares para a assistência de emergência aos 30 mil refugiados da República Democrática do Congo (RDC) em Angola, anunciou ontem (26) a embaixada dos EUA, em Luanda.

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Segundo informação transmitida pela embaixadora norte-americana acreditada em Luanda, Helen La Lime, este apoio vai financiar a actividade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Programa Alimentar Mundial, organizações que coordenam a primeira assistência aos refugiados que chegam à Lunda-Norte.

Em conferência de imprensa no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Luanda, a diplomata justificou o apoio norte-americano com a emergência do apelo lançado em Junho, pelas Nações Unidas. Aquela organização estima necessitar, até final deste ano, de 65,5 milhões de dólares para acudir a crise de refugiados congoleses, que fogem dos conflitos ético-políticos na região do Kasai.

Estes refugiados, milhares de famílias completas ou separadas pela violência do outro lado da fronteira, sobrelotaram os dois campos de acolhimento provisório criados pelas autoridades angolanas em Cacanda e Mussungue, no Dundo, capital da Lunda-Norte.

Na origem dos conflitos, estão as milícias de Kamwina Nsapu, que provocaram centenas de mortos na RDC e levaram à fuga de mais de um milhão de pessoas, desde Agosto de 2016, das quais 30 mil fugiram para Angola desde Março.

O Governo, em conjunto com o ACNUR, já está a construir um novo centro de acolhimento, para colocar, em definitivo, estes refugiados, que terá capacidade para 50 mil pessoas e que dista 90 quilómetros do Dundo.