Reino Unido proíbe viagens de países africanos
O Reino Unido vai proibir a entrada de passageiros de Angola, Moçambique e outros países africanos, anunciou o governo britânico, alargando a medida já aplicada à África do Sul para travar uma nova estirpe da covid-19 identificada naquele país.
A restrição vai entrar em vigor no sábado e permanecer durante, pelo menos, duas semanas, adiantou o Ministério dos Transportes britânico, afectando pessoas que tenham estado ou transitado nos 10 dias anteriores por Angola, Moçambique, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Maláui, Namíbia, Zâmbia, Zimbábue, bem como as ilhas Seicheles e Maurícias.
Cidadãos britânicos e irlandeses e estrangeiros residentes no Reino Unido poderão entrar no país, mas terão de cumprir isolamento profilático de 10 dias.
A medida “urgente” foi anunciada na quinta-feira à noite pelo governo britânico, que determina as regras sobre as fronteiras em Inglaterra e onde aterram a maioria dos voos em causa, mas também foi adotada pelos governos autónomos da Escócia e País de Gales, aguardando-se a confirmação da Irlanda do Norte.
Desde 24 de Dezembro que o Reino Unido proibiu voos directos com a África do Sul e a entrada de passageiros que tenham estado no país africano nos 10 dias anteriores devido ao risco apresentado por uma nova estirpe do SARS-CoV-2 identificada pelos cientistas sul-africanos, considerada altamente infecciosa.
Segundo o Ministério dos Transportes britânico, a decisão “resulta de novos dados sobre o aumento acentuado da incidência da nova variante, que aumentou enormemente o risco de transmissão na comunidade entre outros nove países da África Austral, bem como as Seicheles e as Maurícias, ambas com fortes ligações turísticas à África do Sul”.
O Reino Unido tem um dos balanços mais pesados da Europa, tendo registado 78.508 mortos até quinta-feira, tendo as autoridades britânicas atribuído uma aceleração de infecções nas últimas semanas a uma estirpe do coronavírus altamente infecciosa identificada no sul da Inglaterra.
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