Requalificação do Pólo Turístico do Futungo de Belas recebe mais de 112 mil milhões de kwanzas
O Executivo disponibilizou a verba de 112,4 mil milhões de kwanzas para dar continuidade ao programa de criação e desenvolvimento de infra-estruturas do perímetro desanexado do Pólo de Desenvolvimento Turístico do Futungo de Belas, no quadro do Programa de Investimentos Públicos (PIP) do Orçamento Geral de Estado de 2016 revisto, cabimentado ao gabinete de gestão do referido pólo.
Fonte oficial ligada ao gabinete de gestão do pólo explica que a dotação, cuja disponibilidade está a ser efectivada de forma faseada, é um montante que deu impulso ao desenvolvimento das infra-estruturas no perímetro. O projecto foi concebido em 2004, no entanto apenas no ano passado foi lançada a primeira fase, com o objectivo de tornar realidade o empreendimento enquadrado na requalificação urbana, do Futungo de Belas e Mussulo.
A recente apresentação do plano de requalificação do Mussulo, afirma, enquadra-se no programa de estruturação do perímetro que se espera “venha a oferecer um novo padrão de vida aos habitantes de Luanda”.
O montante ora atribuído será alocado, segundo a mesma fonte, ao programa de reparação e construção de infra-estruturas urbanas, nomeadamente abastecimento de água e de energia eléctrica, estradas e rede de esgotos, no âmbito da requalificação da zona turística do Futungo de Belas. “Quando os trabalhos atingirem o pico espera-se que mais de dois mil postos de trabalho sejam criados”, acrescenta.
O presidente da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHARA), Armindo César, em declarações ao VE, afirma “que o importante é que o Governo continue a apostar para o desenvolvimento do projecto”, já que se trata de uma zona nobre e de expansão da cidade de Luanda. Os investimentos disponibilizados podem traduzir o interesse das autoridades em mudar a imagem da capital e criar mais oportunidades de negócios para os angolanos e estrangeiros que queiram investir no mercado hoteleiro e turístico angolano. Este é um exemplo de que o sector do turismo é aposta do Executivo para a diversificação da economia”, reforça.
Relativamente à conjuntura do sector, Armindo César garante que, enquanto algumas empresas do sector turístico foram muito afectadas, muitas outras iniciativas estão a nascer, um indicador de que “os dias difíceis estão a passar”.
Com um período de construção estimado em dez anos, o perímetro começa na rotunda da Corimba, estende-se ao longo da costa até à ponte do Benfica e vai albergar, para além de zonas habitacionais e turísticas, o Museu da República num conjunto que reunirá a residência e o escritório do primeiro Presidente do país, António Agostinho Neto .
O projecto ocupa uma área de 537 hectares e prevê-se que depois da infra-estruturação concluída, investidores privados participem no desenvolvimento do projecto.
O gabinete de gestão do Pólo de Desenvolvimento Turístico do Futungo de Belas avança que o investimento público já realizado permitiu a criação de bases da requalificação do perímetro de 537 hectares, repartidos em lotes para habitação e para construção de edifícios de comércio e serviços, bem como áreas dedicadas ao lazer.
JLo do lado errado da história