Saham paga quase 300 milhões de kwanzas
INDEMNIZAÇÃO. Companhia deverá desembolsar aproximadamente 300 milhões de kwanzas para a reparação de um sinistro, registado em 2018. Para este ano, a seguradora alargou as coberturas do multirrisco e espera que ultrapasse os 20% da carteira de negócios.
A Saham Seguros está a pagar os custos de um sinistro multirrisco avaliado em cerca de 300 milhões de kwanzas, ocorrido em Viana, numa indústria de apoio ao sector energético.
Ao VALOR, Henriques Raimundo, director técnico da Saham Seguros, admite que o segurado cumpriu com as instruções de protecção e prevenção de riscos, o que obrigou a instituição a assumir os danos “sem reservas”. No entanto, o responsável apela aos segurados, sejam ‘corporate’ ou individuais, a respeitarem as regras de segurança para evitarem atrasos ou recusas de indemnização.
“Os clientes devem desenvolver a cultura de gestão de riscos. O seguro serve apenas para mitigar os danos. Mas há riscos que não são mitigados pelo seguro, por isso, é importante revisar sempre os equipamentos que possam originar possíveis danos, não só para a preservação do bem material, mas também da própria vida”, apela Henriques Raimundo.
No entanto, no mercado, não existe um preço fixo para a subscrição dos seguros multirriscos e, para chegar a um valor, a Saham calcula o prémio com base no que o cliente declara ser o valor do bem, seja do imóvel ou dos recheios. E é sobre esse valor que é atribuída uma taxa que resulta o prémio que o cliente paga. Além disso, a taxa aplicada ao valor do bem deriva também da observação às “condições de protecção” no interior ou nas proximidades do imóvel, que podem ser proximidade com as instalações de bombeiros, equipa de segurança interna, CCTV, a existência de alguém especializado em combate e prevenção contra incêndios e o material com que foi erguido.
Em 2018, o seguro multirrisco foi o terceiro produto mais significativo da Saham, tendo representado 20% da carteira de negócios, a seguir ao da saúde com 22% e automóvel com pouco mais de 30%. Este ano, a companhia prevê que o multirriscos ultrapasse a cifra passada, face ao seu alargamento.
A seguradora decidiu dar maior atenção ao multirrisco, face à tendência crescente do imobiliário. E para “melhor responder às expectativas”, alargou a cobertura do produto. Até ao ano passado, a oferta estava confinada aos imóveis e ao recheio. Mas, desde Janeiro, introduziu o subproduto ‘riscos consequenciais’, que resultam de furto e roubo, alteração da ordem pública, danos por água e da reparação de falhas na canalização, entre outras. (In)formalizand
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