Petrolífera sul-africana Sasol prevê vender acções
A petrolífera sul-africana Sasol anunciou que está a preparar uma venda de acções e de activos para fazer face ao aumento da dívida resultante de um investimento oneroso nos Estados Unidos e à incerteza económica actual.
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Segundo o vice-presidente da Sasol Exploration and Production International, Gilbert Yevi, a empresa sul-africana tem desempenhado um papel "catalisador" no desenvolvimento socioeconómico daquele país africano lusófono.
As acções da Sasol caíram 81% desde o início do ano, registando só na semana passada uma queda acima de 40%, com os investidores a duvidarem da capacidade de pagamento das dívidas por parte da petrolífera e de encaixe dos gastos com a construção de uma fábrica nos Estados Unidos, cujos custos subiram 50% face ao estimado, para quase 13 mil milhões de dólares.
"As perturbações no mercado petrolífero global, juntamente com o impacto da Covid-19, mudaram significativamente a nossa perspetiva de evolução da atcividade em apenas algumas semanas; é crítico que mantenhamos o controlo das operações, agindo decisiva e rapidamente", disse o presidente executivo da produtora de petrolíferos e químicos, Fleetwood Grobler.
De acordo com a Moody's, a Sasol, que é também a maior empresa sul-africana em termos de receita e fornece 30% do combustível consumido no país, tem uma dívida de 8,5 mil milhões de dólares, tornando esta petrolífera, cujos maiores investidores estão ligados ao governo, especialmente vulnerável à queda das receitas.
"A empresa é estratégica para o governo, é demasiado importante como fonte de combustíveis líquidos, impostos e empregos remunerados para o governo permitir que colapse", argumentou um analista da JPMorgan Cazenove, Alex Comer, numa nota aos clientes, citada pela agência de informação financeira Bloomberg.
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