EMPRESA VAI APOSTAR NA REDUÇÃO DE CUSTOS

Secil Marítima espera resultados positivos de 400 milhões de kwanzas

RESULTADOS. Depois de ter ressurgido das ‘cinzas’ dos 10 anos de paralisação motivada por uma falência, a Secil pretende restaurar a imagem fragilizada.

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A Secil Marítima espera apresentar resultados positivos no exercício económico de 2017 de cerca de 400 milhões de kwanzas, indica o plano estratégico da empresa relativo ao período 2018/2019. A empresa, que ressurgiu das ‘cinzas’, teve proveitos, no ano passado, de cerca de 800 milhões de kwanzas e de custos cerca de 400 milhões. Com o relançamento anunciado pelo Governo, em meados de 2010, para atenuar o custo de transporte marítimo de mercadorias para Angola, depois de 10 anos de paralisação ditada por uma falência técnica e financeira, a operadora pretende voltar a ter um lugar de destaque.

Em 2016, a Secil Marítima limitou-se a ser “totalmente administrativa”, segundo o presidente do seu conselho de administração, Carlos Marçal. Foi aprovado um programa de apoio logístico para o transporte de equipamentos e materiais da China para Angola. O ano ficou também marcado pela campanha promocional da empresa em que sensibilizava as instituições do Estado e as empresas concessionárias de cargas a transportarem através da companhia. No final de 2016, celebrou 39 contratos.

Com o início de operações em Janeiro de 2017, a empresa transportou, no ano passado, o equivalente a 112 mil toneladas de carga, mas representando apenas 1% de toda a carga transportada pelos portos.

Melhorar imagem

Dentro do plano estratégico para os próximos cinco anos, a empresa, que acredita que viveu no quadrante da “sobrevivência”, tem como objectivos o desinvestimento e a redução de custos.

Para o próximo ano, a Secil Marítima prevê alcançar proveitos de 841,6 milhões de kwanzas e custos no valor de 537,9 milhões de kwanzas, perfazendo lucros de 303,7 milhões. Para 2022, a rubrica dos proveitos deve ser elavada para cerca de 500 milhões de kwanzas.

Com uma imagem e reputação “fragilizadas”, que a própria administração reconhece, a Secil tem os estatutos “desajustados” e está impossibilitada de aceder a créditos face à situação patrimonial.

Debate-se ainda, como muitas empresas públicas, com um ‘software’ de gestão integrada (ERP) “insuficiente e obsoleto” e com tecnologias de informação e comunicação “inexistentes”, como admite a própria administração da empresa.