Sector informal dobrou em duas décadas
Pelo menos 94% da força de trabalho no país está ligada ao sector informal. Do global, 40,5% operam no sector retalhista, 53% em serviços e 6,3% trabalha com artesanato.
Os dados constam de um relatório tornado público pelos economistas Alexandre Ernesto e Gorete Capilo, na Universidade Católica, no dia 27 de Setembro. O estudo teve a chancela do Centro de Estudos Africanos e da Open Society Iniative for Southern África.
Na década de 1990, uma pesquisa apontava que a economia informal empregava, em média, 58% da força de trabalho, o que, se comparado ao registo actual, representa um aumento de quase o dobro.
Para Alexandre Ernesto, a “fraca capacidade de geração de emprego, a inexistência de subsídio de desemprego, o processo de formalização extremamente oneroso, os emolumentos de licenciamento elevados, as barreiras à entrada de novas micro, pequenas e médias empresas e a pobreza”, são as principais causas da informalidade. E apela a “proactividade governativa” para alterar o quadro, dado que a evasão fiscal enfraquece as contas públicas. “Espero que se faça maior reflexão para se determinar o perfil do trabalhador informal, avaliar as causas que levam ao incremento da informalidade, e os seus efeitos económicos e socias”, sublinhou o economista.
Embora sem avançar quanto tempo levou a pesquisa, Alexandre Ernesto, co-autor do estudo, fez saber que 62% dos comerciantes entrevistados têm o ensino primário concluído. De acordo com o levantamento dos dois economistas, 60% dos comerciantes ouvidos exercem a actividade há mais de cinco anos.
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