Seguradoras crescem acima de 8%
ANÁLISE. Observadores atribuem desempenho a varios factores, incluindo a fiscalização das autoridades. Taxa de penetração mantém-se, entretanto, em 1%.
O mercado de seguros registou um crescimento acima de 8,5% em 2017, com receitas brutas estimadas em 109,938 mil milhões de kwanzas, indica um relatório elaborado pela Bonws Seguros a que o VALOR teve acesso.
Os números do ano passado assinalam uma tendência de crescimento estável do sector, considerando o aumento das receitas em 4% verificado em 2016 para os 101,295 mil milhões de kwanzas.
Numa altura em que a taxa de penetração se mantém em 1%, vários observadores consideram que essa tendência crescente dos prémios brutos é resultado da fiscalização empreendida pelas instituições estatais, bem como a promoção das marcas, serviços e preços, associados ao crescente nível de literacia financeira.
Para este incremento, os seguros não-vida, por exemplo, (automóvel, saúde, multi-risco) foram os que mais contribuiram, colhendo prémios no valor de 95,640 mil milhões de kwanzas em 2015; 99,279 mil milhões de kwanzas em 2016, e um total de 108,063 mil milhões no ano transacto. O ramo vida rendeu ao mercado cerca de 2,077 mil milhões, em 2015; 2,017 mil milhões no período seguinte, tendo recuado para os 1,876 mil milhões de kwanzas, em 2017.
Nos dois últimos anos, à semelhança de períodos anteriores, os seguros de saúde e automóvel foram os segmentos mais procurados, dado que, com a saúde, o mercado teve, em 2016, um resultado bruto no valor de 44,403 mil milhões de kwanzas e 45,555 mil milhões, no ano posterior. Já o de automóvel emitiu apólices equivalentes a 20,033 mil milhões de kwanzas, tendo uma queda de 1, 90%, em 2017.
Já o segmento ‘contra incêndio e elementos da natureza’ registou um aumento de 27,16% neste ano, e o petroquímico evoluiu para os ‘confortáveis’ 440,01%. Ao contrário do seguro de ‘acidentes pessoais’ que registou uma regressão, na ordem dos 19,30%.
Seguradoras ‘mais cotadas’
Como em todos os anos, a Ensa, seguradora estatal e líder do co-seguro petroquímico e de aviação, foi a companhia que mais facturou, entre as 12 mais cotadas do mercado, segurando sinistros no valor 40,220 mil milhões de kwanzas. A Saham obteve 18,030 mil milhões de kwanzas. A Fidelidade ficou com os 12,01% de todo o prémio bruto emitido. Na quarta posição, a Nossa Seguros colocou em caixa 8,84% da quantia total do mercado. Atrás, ficam a Global Seguros e a Bonws, com 8,813 mil milhões kwanzas e 4,143 mil milhões, respectivamente.
A lista das companhias mais prósperas ainda inclui, na sétima posição, a Tranquilidade que contribuiu com 3,14% para o prémio bruto em análise. O BIC Seguros teve 2,935 mil milhões kwanzas, seguido pela Fortaleza, cujo sinistro segurado ronda os 2,681 mil milhões de kwanzas.
Nos três últimos lugares, estão a Prudencial, com 2,643 milmilhões de kwanzas; a Mundial Seguros com 2,564 mil milhões de kwanzas e a Confiança com 1,533 mil milhões de kwanzas.
Apesar do crescimento, o mercado continua com uma contribuição insignificante para o produto interno bruto (PIB), mesmo depois de ter aumentado a quota contributiva em 0,95%, de 2014 até hoje.
Entre 2011 e 2013, a cotização do seguro sobre o PIB era avaliada em 0,5%, tendo passado para 1% no intervalo de 2014 a 2016, posição em que se mantém.
JLo do lado errado da história