SENHORES DEPUTADOS DA OPOSIÇÃO ÚTIL, OS ANGOLANOS ESTÃO DE OLHO
Vamos ser claros e directos. Por esmagadora responsabilidade de João Lourenço, a conversa sobre a hipótese de um terceiro mandato mantém-se viva no debate público e nos corredores do poder. João Lourenço não assume a totalidade da culpa por uma razão muito simples. O MPLA tem a sua grande quota parte. Apesar de alguns sinais de claro confronto, manifestados por exemplo com o anúncio da pré-candidatura de Higino Carneiro, o MPLA até ao momento encontra-se perdido na escuridão de uma cobardia estarrecedora. Não há naquela turma de miúdos, graúdos e idosos gente com coragem suficiente para dizer na cara de João Lourenço que já vai tarde e que o seu tempo acaba em 2027. É embaraçosamente inacreditável!
É que não bastam conversas de café. Não servem para nada os murmúrios por trás das portas. Não são dignos de necessário realce os alegados protestos nas reuniões da cúpula do partido. A oposição à ideia de um terceiro mandato é uma obrigação moral e patriótica que merece protestos a céu aberto entre os dirigentes do MPLA. Os que se opõem devem sair da toca, como o fez Higino Carneiro. Devem falar para fora. Têm de protestar nos jornais, nas rádios e nos meios alternativos independentes, já que os meios públicos permanecem numa cumplicidade canina ao serviço do autoritarismo. Os dirigentes do MPLA que se opõem à ambição de um hipotético terceiro mandado têm de o dizer às claras. Para que a sociedade saiba e os conheça. Para que os angolanos compreendam que, apesar dos pesares, há ainda gente aí dentro com a qual se pode contar para as verdadeiras causas do país.
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