Sonangol vai gastar 4 mil milhões USD na compra de combustíveis
LOGÍSTICA. Compra da petrolífera é justificada com a necessidade de se assegurar o abastecimento do mercado nacional com derivados do petróleo, a partir do segundo trimestre do ano.
O Estado autorizou a concessionária nacional, Sonangol E.P, a efectuar despesas avaliadas em pouco mais de 4.030 milhões de dólares para a contratação de fornecimento de derivados de petróleo, como gasolina, gasóleo e gasóleo de marinha, para a Sonangol Logística Limitada.
O contrato, que é válido para o período entre 1 de Abril de 2018 e 31 de Março de 2019, foi autorizado por despacho de 24 de Maio, rubricado pelo Presidente da República.
A medida é justificada, no documento, com a necessidade de se assegurar o abastecimento do mercado nacional com derivados de petróleo a partir do segundo trimestre do ano, em função dos actuais contratos de derivados à Sonangol Logística Limitada.
João Lourenço delega, no mesmo diploma, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, para, em nome do Estado, praticar todos os actos decisórios e de aprovação tutelar do referido contrato, incluindo a sua assinatura, devendo a Sonangol, E.P informar a esta entidade sobre o andamento do processo.
LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO
Em Março, a Sonangol anunciou a contratação de duas empresas internacionais, a Glencore Energy UK e a Totsa Total Oil Trading para o fornecimento de gasóleo e de gasolina, respectivamente, tirando, desse modo, do negócio a Trafigura, que controla 48,4% da Puma Energy e que detém as bombas de combustíveis da Pumangol.
O concurso público foi lançado a 17 de Janeiro, do qual participaram 20 empresas internacionais, no entanto, apenas 11 apresentaram propostas.
Segundo as informações oficiais disponibilizadas na altura, o concurso visava a aquisição de 1,2 milhões de toneladas de gasolina, 2,1 milhões de toneladas de gasóleo e 480 mil toneladas de gasóleo de marinha.
Em 2016, a Sonangol importou, em nome de Angola, 2.352.671 toneladas durante todo o ano, uma quebra homóloga de 23% em relação ao ano anterior, enquanto as compras de gasolina no exterior chegaram a 1.030.070 toneladas, representando uma redução de 17%.
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