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Standard Bank associa-se a uma rede social de apoio

FILANTROPIA. Standard Bank acedeu ao convite da The Bridge Global para ingressar na Rede de Responsabilidade Social Empresarial, associação que visa mitigar as dificuldades socioeconómicas.

Standard Bank associa-se a  uma rede social de apoio

O Standard Bank Angola subscreveu o acordo de ingresso na ´Rede de Responsabilidade Social Empresarial´ (Rarse), criado pela The Bridge Global, que visa juntar as empresas para “melhor mitigar” as dificuldades que se vivem em diferentes localidades. A iniciativa foi apresentada às companhias, a semana passada, no auditório do Magistério Mutu Ya Kevela.

A Rarse vai funcionar como uma associação em que as empresas poderão debater soluções e combinar recursos para acudir a quem tenha dificuldades quanto à saúde, educação e alimentação. Além do financiamento pontual, as companhias subscritoras vão pagar uma quota anual, cujo valor ainda não foi definido e poderão junto da Ptwc, a auditora contratada para avaliar os projectos e os montantes disponíveis, saber o valor total alocado à rede e em que projectos foram canalizados.

Além do Standard Bank, várias empresas fizeram-se presente ao acto, mas sem as pessoas com capacidade decisória. Por exemplo, a coordenadora do sistema de gestão e responsabilidade social da Queiroz Galvão manifestou-se atraída pelo projecto, mas garantiu ser incompetente para decidir se a empresa deveria ingressar, embora garanta que a filantropia seja uma acção que a instituição desenvolve com regularidade em escolas e em mercados informais.

Ao VALOR, Carolina Vasconcelos, directora de ‘marketing’ do Standard Bank Angola, considerou “não haver motivos” para declinar o convite. A responsável esclareceu que, de modo individual, o banco já tem realizado doações e assistência médica e medicamentosa a pessoas carenciadas, bem como a instituições públicas. Mas que “não podia perder a oportunidade de se associar” a outras empresas.

Em 2018, a sucursal do Standard Bank Group criou um projecto médico em diferentes províncias e assistiu sete mil pessoas. Além dos diagnósticos, o banco arcou com as despesas dos medicamentos. Desde Janeiro, já realizou quatro edições de assistência médica e medicamentosa na Muxima, em que mais de duas mil pessoas foram beneficiadas.

Carolina Vasconcelos, que se recusa a revelar os montantes envolvidos nessas operações, revelou que o banco está, ainda individualmente, a financiar a reabilitação da escola Estivada do Iº ciclo, no Cazenga, com capacidade de albergar 300 crianças, além de, no ano passado, ter reabilitado o Lar Horizonte Azul.

A The Bridge Global, promotora da Rarse, promete ser “transparente”, com a apresentação de relatórios mensais.

Especialista em gestão de projectos de responsabilidade social, a The Bridge Global já prestou assessoria à Administração Geral Tributária e ao Banco de Desenvolvimento Angolano. Actualmente, a instituição criou um projecto de capacitação de professores a nível nacional que já formou cinco mil docentes, desde o ano passado.