Standard Bank defende subsídio aos transportes públicos
O Standard Bank Angola (SBA) é favorável à subvenção parcial de combustível para os transportes públicos e para agentes que usam os combustíveis para a produção de bens e serviços, defendendo simultaneamente cortes dos subsídios para os actores políticos e directores de empresas públicas e privadas.
A posição foi apresentada, ao VALOR, por Fáusio Mussá, economista-chefe da instituição, à margem da apresentação de um estudo sobre a “conjuntura económica angolana”, realizado pelo banco.
O estudo do SBA sobre o contexto económico do país encoraja o Governo a rubricar o programa de ajuda financeira do FMI, na expectativa de que possa “suavizar o impacto negativo” das actuais políticas monetária, cambial e fiscal no crescimento da economia.
“Com o FMI, provavelmente haverá também um apoio técnico para a gestão da dívida pública. E, naturalmente, haverá um aumento de confiança por parte dos investidores”, prevê Fáusio Mussá, que manifesta satisfação pelas reformas em curso.
Para o economista, que considera a restrição na oferta de divisas como o actual “grande obstáculo” para o desenvolvimento de negócios, Angola poderá, no próximo ano, registar “melhor liquidez” da moeda externa, face à estratégia do BNA de “normalização” do mercado cambial, bem como pelos investimentos “previstos e os que já estão a ser feitos no sector petrolífero”.
Com a presente cotação média de 73 dólares por barril, desde os primeiros 10 meses do ano, um preço 35% superior ao registado em 2017, o SBA perspectiva, também que a conta corrente da balança de pagamentos, que se mantém em défice desde 2013, registe um superávit de 1,7 mil milhões de dólares este ano.
“Apesar da queda de 16,5% nas reservas internacionais brutas do BNA, para um mínimo de 16,5 mil milhões de dólares em Setembro, o que corresponde a um rácio de cobertura de importações pouco abaixo dos sete meses, espera-se que a melhoria da conta corrente permita estabilizar as reservas, o que poderá contribuir para que se observe algum equilíbrio no mercado cambial, ainda que temporário”, sublinhou o economista-chefe do banco.
No país desde 2005, o Standard Bank Angola possui uma rede comercial composta por 18 agências, três centros de empresas e três postos de atendimento.
O banco tem estruturas em Cabinda, Luanda, Kwanza-Sul, Benguela, Huíla, Huambo e Namibe.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...