‘‘Subsídios travam renováveis’’
A incorrecta alocação dos subsídios aos preços da electricidade e combustíveis inviabiliza a execução de projectos de energias renováveis, sobretudo os fotovoltaicos.
Esse é o entendimento de Victor Fontes, presidente da Associação Angolana de Energias Renováveis (Asaer). Segundo sublinha, apesar das várias apostas dos seus associados, os projectos “entravam” quase sempre, porque a distribuição dos subsídios continua a beneficiar os mais influentes. Fontes entende, por isso, que se deve melhorar a questão dos incentivos. “Há a necessidade de se considerarem incentivos para o investimento neste sector, tão necessário para que se contribua decisivamente para a descarbonização do planeta”, observa, ao mesmo tempo que desafia a banca a criar condições de financiamento mais atractiva. O presidente da Asaer nota que, apesar das dificuldades, se espera por algum crescimento da produção em 2022, com a conclusão da central fotovoltaica de 96,6 megawatt-pico (MWp), na Baía Farta. Comparando à capacidade actual de 14 MWp instalada nas centrais híbridas em várias províncias, registar-se-ia um crescimento na ordem dos 690%. Contam-se também os 25 MWp que se prevê serem produzidos na primeira fase da central na localidade do Caraculo, município da Bibala, no Namibe.
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