ANGOLA GROWING
BNA À PROCURA DE CREDIBILIDADE

Supervisão de nível europeu já custou quatro viagens ao estrangeiro

DIPLOMACIA FINANCEIRA. França foi o último destino de Valter Filipe na busca de confiança e reforço da cooperação com instituições financeiras internacionais. Antes, o governador do banco central já esteve em Portugal, Itália e Reino Unido. África do Sul foi o ponto de partida da missão. Até hoje estão por se saber as conclusões do diálogo.

 

O Banco Nacional de Angola (BNA) já expediu, para a Europa, quatro delegações a quatro dos 28 países que compõem a União Europeia, todas chefiadas pelo seu governador, Valter Filipe, acompanhado por altos quadros da banca nacional, incluindo a presidência da Associação Angolana de Bancos (ABANC).

De acordo com o Valter Filipe, as missões ao estrangeiro têm como objectivo tornar o BNA “num banco de equivalência europeia” e a recuperação da relação que Angola perdeu com bancos europeus e norte-americanos, no fornecimento de divisas ao mercado nacional.

O Deutsch Bank - maior banco alemão - foi dos últimos a abandonar Angola, em Dezembro. O grupo de bancos correspondentes que forneciam dólares físicos a Angola e que deixaram o país inclui o Citi Bank, HBSC, Bank of America/FirstRand e Standard Chartered.

Desde Setembro do ano passado, já se somam quatro viagens do governador Valter Filipe ao estrangeiro, incluindo à África do Sul, o ponto de partida da missão da qual ainda não se conhecem conclusões, nem acordos concretos. Esta missão deve encerrar com o ‘visto’ do Banco Central Europeu (BCE) e de outras instituições financeiras internacionais, sobre a adequação de Angola à supervisão financeira internacional e às regras de combate à lavagem de dinheiro.

Das missões à Europa, destacam-se as visitas de Valter Filipe ao Banco de Portugal, de Itália e encontros com autoridades monetárias do Reino Unido e de França, a última paragem até agora do ‘guardião’ da estabilidade monetária angolana (ver mapa abaixo).

No estrangeiro, Valter Filipe tem mostrado aos seus congêneres o desenvolvimento da banca nacional e os desafios a seguir em matéria de supervisão bancária. Na África do Sul, por exemplo, o BNA mostrou-se disposto a absorver experiência sobre ‘ trade finance’, ‘project finance’ e ‘correspondent banking’.