Suspenso director-geral dos Serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras
O Ministério do Interior da Guiné-Bissau suspendeu das suas funções o director-geral dos Serviços de Migração e Fronteiras na sequência de um alegado envolvimento no desaparecimento de cocaína, segundo um despacho que a Lusa teve hoje acesso.
O despacho do Ministério do Interior justifica a medida, "tendo em conta a dinâmica que se pretende imprimir na Direcção-Geral de Migração e Fronteiras".
A Polícia Judiciaria (PJ) da Guiné-Bissau deteve sexta-feira o director-geral dos Serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras, após algumas horas de audição, num caso de desaparecimento de 83 cápsulas de cocaína que a polícia apreendeu na posse de um cidadão luso-guineense, que se preparava para viajar para Lisboa, Portugal.
A fonte da PJ precisou que os agentes destacados no aeroporto internacional Osvaldo Vieira apreenderam as cápsulas e detiveram o suspeito, mas horas depois um contingente da Guarda Nacional ordenou a libertação do homem e levaram consigo as 83 cápsulas que testes comprovaram ser cocaína pura.
O caso remonta ao mês de Março. A PJ acredita que as cápsulas, entretanto recuperadas das mãos da Guarda Nacional, "foram adulteradas".
As investigações da PJ revelaram que a ordem de libertação e de apreensão das cápsulas teria partido de Alassana Djaló, na altura comandante da divisão de Investigação Criminal da Guarda Nacional, refere a fonte policial.
Alassana Djaló será hoje presente ao Juiz de Instrução Criminal (JIC) para validação ou não da sua prisão preventiva.
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