TAAG com perdas superiores a 90 milhões de dólares
A TAAG registou durante o ano de 2020 perdas de mais de 90 milhões de dólares em receitas com o transporte de passageiros e carga, devido à pandemia da covid-19.
A informação foi prestada ao Jornal de Angola, pelo presidente da Comissão Executiva (PCE), Rui Carreira.
Apesar de assegurar que estes números não traduzem, ainda, a avaliação geral dos prejuízos sofridos pela TAAG, o gestor garantiu que os níveis de facturação, em 2020, andaram muito distante das habituais receitas conseguidas pela empresa.
"Não podemos ainda avançar o valor global das perdas, pois estamos a avaliar os custos, o que demora um bocado. Estamos a viver os primeiros dias do ano e há números por apurar. O que posso avançar, de imediato, a nível de facturação com passageiros as receitas são de cerca de 70 milhões de dólares e de 45 milhões com o transporte de cargas. Em 2019 a facturação foi acima dos 200 milhões de dólares, portanto, há aqui grandes diferenças na ordem dos mais de 90 milhões", disse.
A queda nas receitas da transportadora aérea nacional deveu-se, segundo Rui Carreira, ao facto de o ano 2020 ter sido atípico, em que houve uma redução no volume de voos de passageiros e cargas, quer a nível interno quer externo.
" As perdas operacionais e financeiras foram enormes, mas estamos a apurar os números globais. No ano transacto, operamos apenas dez por cento daquilo que conseguimos em 2019, em termos de números de voos de cargas e de passageiros. Ainda não temos os números completamente catalogados, mas foram cerca de 1300 voos em 2020, nada comparado com os 13 mil do ano anterior", assegurou.
De acordo ainda com o PCE da TAAG, para se ter uma ideia do enorme prejuízo que sofreu a empresa, "a média de voos feitos pela companhia em 2019 foi de 1060 por mês". No ano findo, "este número representou o total dos voos durante todo o ano", facto que, acrescentou o gestor, "serve para avaliar a dimensão da disparidade e do impacto que isso terá no funcionamento da empresa".
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre o judicial...