‘Transporte do futuro’ de Elon Musk pode arrancar em breve
INVESTIMENTO. Sistema de transporte atingiria uma velocidade de cerca de 1.200 quilómetros por hora, o que, em caso de concretização, permitiria viagens entre Los Angeles e San Francisco ou entre Nova Iorque e Washington, nos Estados Unidos, de aproximadamente 30 minutos, de acordo com o empresário.
Elon Musk, considerado o 34.º homem mais rico do mundo pela Forbes, com uma fortuna avaliada em 12,9 mil milhões de dólares, está prestes a começar a construção do ‘hyperloop’, um sistema de transporte de longa distância e alta velocidade que enviaria vagões cheios de carga ou pessoas através de tubo a vácuo, segundo noticiou recentemente a revista Wired.
O sistema de transporte atingiria uma velocidade de cerca de 1.200 quilómetros por hora. Com isso, uma viagem de Los Angeles a San Francisco, ou de Nova Iorque a Washington, duraria 30 minutos, de acordo com o empresário.
Em Agosto de 2013, Elon Musk escreveu um relatório de 57 páginas, descrevendo o que seria o hyperloop e partilhou a sua ideia com todos, convidando as pessoas a participarem do projecto.
“Os autores encorajam todos os membros da comunidade a contribuirem com o processo de design do Hyperloop”, escreveu Musk no projecto. Esta iniciativa fez com várias ‘startups’ criassem projectos de design para os vagões do Hyperloop, fazendo com que a ideia do criador do Tesla avançasse.
Dentre os projectos apresentados, o Hyperloop One foi o que mais se destacou numa competição entre 2.600 cidades para acolher o primeiro hyperloop, tendo completado com êxito alguns testes em pequena escala no deserto de Nevada. Quatro anos depois de encorajar diversas pessoas a colocar a sua ideia em prática, Elon Musk anunciou que a sua empresa, a The Boring Company, recebeu “uma aprovação verbal do governo” para construir um túnel para um hyperloop entre Nova Iorque e Washington.
Segundo a revista Wired, um funcionário da companhia do mega-empresário confirmou, em comunicado de imprensa, o plano da empresa de “construir túneis de baixo custo e rápidos para abrir novos sistemas de transporte de alta velocidade.”
A intenção é construir uma estrutura com um tubo despressurizado para rotas em linhas rectas, como Nova Iorque e Washington, em que as cápsulas de transporte, aceleradas magneticamente, possam atingir cerca de 1.200 quilómetros por hora.
A PERSISTÊNCIA NAS NOVAS TECNOLOGIAS
A Hyperloop não é, entretanto, o único negócio idealizado por este mega investidor na área das tecnologias. Já em 2002, e com 100 milhões de euros, Elon Musk fundava a SpaceX, a primeira empresa privada de exploração espacial a conseguir um contrato com a NASA para o abastecimento da Estação Espacial Internacional.
Em 2040, Musk quer ter uma colónia auto-sustentável de 80 mil pessoas a viver no planeta Marte, onde todos os transportes serão eléctricos.
De acordo com o ‘The New York Times’, Musk estima que o foguetão que vai permitir levar pessoas a Marte custe 10 mil milhões de dólares e o plano é que a primeira viagem ocorra já em 2024. Enquanto a nave não descola, a empresa de Elon Musk vai gastando dezenas de milhões de dólares por ano a desenvolvê-la. A ideia é que cada voo transporte cerca de 100 pessoas e que os preços da viagem andem entre os 100 mil e os 200 mil dólares. Até que a cidade auto-sustentável de Marte esteja efectivamente pronta, Musk estima que passem entre 40 e 100 anos.
Quando vendeu o PayPal e fundou a SpaceX, além de ter investido na Tesla, Elon Musk investiu 10 milhões de dólares na SolarCity, que foi fundada pelos primos Lyndon e Peter Rive em 2006 e que foi recentemente adquirida pela irmã Tesla por 2,6 mil milhões de dólares.
A SolarCity tem-se dedicado à produção e instalação de painéis solares e, apesar de as suas dívidas ascenderem a 6,3 mil milhões de euros, conseguiu recentemente pôr a ilha de Ta’u, no Oceano Pacífico, a ser abastecida por painéis solares quase na totalidade. A ilha da Samoa Americana, que se situa na Polinésia, mas é administrada pelos EUA, tem menos de 600 habitantes e 5.328 painéis solares e 60 Tesla Powerbacks, que substituem os 413.910 litros de gasóleo que a ilha tem de importar todos os anos.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...