Trégua à venda ambulante
As autoridades suspenderam, embora sem anúncio oficial, a operação que têm levado a cabo contra a venda ambulante em locais impróprios. Os comerciantes manifestaram-se satisfeitos e boa parte assegura estar a facturar, em véspera de Natal, pouco mais de 15 e 20% do que arrecadam em outros períodos. Mas temem que o Governo reinicie a ‘Operação Resgate’ tão logo termine o ano.
Um alto quadro do Governo de Luanda recusou-se a falar em suspensão, alegando tratar-se apenas de um período reservado para análise do que já foi feito no âmbito do combate à venda irregular. E garante que o objectivo do Governo “não é prejudicar os comerciantes e suas famílias, mas criar locais próprios”, bem como manter a cidade “higienizada”.
O responsável do GPL aponta a reabilitação do ‘Mercado dos Combustíveis’, no Cazenga, como exemplo do esforço do Executivo para manter a venda ordenada, e acusa os comerciantes de “fazerem descaso” do local.
A ‘Operação Resgate’, que tem causado pânico no seio dos comerciantes, tem sido conduzida pela Polícia Nacional, e foi lançada a 6 de Novembro 2018. Em apenas 27 dias de exercícios, encerrou dois mercados de venda de acessórios de automóveis.
De acordo com as autoridades, não está determinada uma data para o seu término, dado que a operação foi concebida para resgatar a autoridade do Estado.
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