Trocas comerciais entre Angola e China recuam 40%
COMÉRCIO BILATERAL. Vendas, garantidas essencialmente pelo petróleo, recuaram 40,8%. E entre os três maiores vendedores da lusofonia, apenas Angola registou quebras nas exportações para a China.
As trocas comerciais entre Angola e China recuaram cerca de 40% entre Janeiro e Agosto de 2020, comparativamente ao mesmo período de 2019, passando de 17,9 para 10,8 mil milhões de dólares, de acordo com dados das alfândegas do país asiático consultados pelo VALOR.
Neste período, as vendas angolanas, baseadas essencialmente no petróleo, foram de pouco mais de 9,8 mil milhões de dólares, registando-se uma redução de 40,8% face aos cerca de 16,7 mil milhões vendidos no período homólogo.
Apesar da redução nas vendas, Angola permanece como o segundo maior vendedor da China entre os lusófonos, depois do Brasil que, no período em análise, vendeu mercadoria de 54,5 mil milhões de dólares como resultado de um aumento de 5% face ao mesmo período de 2019.
Portugal foi o terceiro maior vendedor com mercadoria cerca de 1,6 mil milhões de dólares. Ou seja, entre os três maiores vendedores da lusofonia, apenas Angola registou quebras nas vendas para à China.
Em relação às vendas globais do continente africano para o país asiático, registou-se uma queda de 27,7% para pouco mais de 47 mil milhões de dólares, representado cerca de 3,7% das compras chinesas que foram de cerca de 1,3 biliões de dólares, 56% das quais garantidas pelo próprio continente asiático. De resto, o continente africano é o menos representativo entre os vendedores, enquanto a Europa é líder fora do continente asiático, tendo garantido 17,9% da mercadoria comprada pela China.
Por seu turno, as importações angolanas foram de pouco mais de 981 milhões de dólares, uma redução de 294 milhões de dólares ou 23% quando comparado com as compras no valor de 1,3 mil milhões realizadas entre Janeiro e Agosto de 2019. Com a esta redução Angola perdeu a condição de terceiro maior comprador da China para Moçambique que, no mesmo período,comprou 1,2 mil milhões de dólares.
Já o Brasil se manteve a posição de mais importante mercado lusófono da China com compras no valor de cerca de 19,9 mil milhões de dólares como resultado de uma redução de 9,2%. Seguiu-se Portugal com cerca de 2,7 mil milhões de dólares como resultado de uma redução de 7,9% face ao período homólogo.
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